“Vamos enfrentar o que está aí e tentar, de todas as formas, reduzir o número de infetados e de mortes, que já ultrapassou o limite do bom senso”, disse Mourão em declarações aos jornalistas.
O vice-presidente afastou a possibilidade de um confinamento geral a nível nacional para conter o alto número de infeções e mortes durante o pior da pandemia no Brasil, mas demonstrou ser favorável às medidas de distanciamento social impostas por governadores e prefeitos.
“Essas medidas restritivas deveriam ficar a cargo de governadores e prefeitos, porque cada um sabe da situação da rua, da região. O Governo federal precisa dar apoio em termos de recursos financeiros para melhorar a situação da população”, afirmou Mourão.
As palavras de Mourão contrariam o discurso do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que governadores regionais e municipais imponham medidas restritivas para impedir o avanço do novo coronavírus.
Bolsonaro, que continuamente desdenha da gravidade da doença, tenta moderar o tom diante das crescentes pressões contra a sua gestão errática da pandemia e declarou pela primeira vez “que a vida vem em primeiro lugar”, na quarta-feira.
O Presidente, porém, mais uma vez defendeu o chamado “tratamento precoce” contra o novo coronavírus, que inclui medicamentos como a cloroquina cuja eficácia no combate à covid-19 não foi comprovada cientificamente.
De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, o Brasil, um dos países do mundo mais afetados pela pandemia, acumula um total de 300.685 mortes e 12.220.011 casos da covid-19 desde o início da crise sanitária.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.745.337 mortos no mundo, resultantes de mais de 124,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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