O ministro britânico da Saúde Matt Hancock afirmou que os testes da vacina que está a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford vão decorrer em doentes com o novo coronavírus a partir desta quinta-feira.
A equipa que está a desenvolver a vacina vai começar a produção da mesma antes de os testes estarem concluídos. O objetivo é agilizar a oferta em caso de aprovação.
Dessa forma, os cientistas pretendem experimentar a vacina em 500 pessoas na primeira quinzena de maio e depois alargar os testes a milhares de voluntários. O Governo britânico promete 48 milhões de euros para ajudar os investigadores na descoberta do tratamento profilático.
Os cientistas que estão a trabalhar na nova vacina consideram que esta tem 80% de possibilidades de ser bem sucedida. O objetivo é produzir um milhão de doses até setembro. A investigação é conduzida pela investigadora Sarah Gilbert, que lidera uma equipa de cientistas da Universidade de Oxford.
O Imperial College de Londres também está a trabalhar numa vacina contra a doença.
O número de óbitos durante a pandemia de COVID-19 no Reino Unido subiu para 17.337 após ter sido registada a morte de mais 823 pessoas infetadas nas últimas 24 horas, anunciou hoje o Ministério da Saúde britânico.
O número total de casos de contágio, contabilizado até às 09:00 de hoje, é agora de 129.044, mais 4.301 do que no dia anterior, referiu a mesma fonte.
Na segunda-feira, tinham sido registadas mais 449 mortes, a variação diária mais baixa no espaço de duas semanas, e mais 4.676 novos casos de pessoas infetadas relativamente ao dia anterior.
No entanto, os responsáveis das autoridades sanitárias acautelaram para uma interpretação de que o pico da curva epidemiológica já teria sido ultrapassado, embora tenham reconhecido que existem sinais positivos em termos de redução de casos de contágio e hospitalizações.
Os números das mortes são compilados a partir de dados das direções regionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte e referem-se a óbitos registados até às 17:00 da véspera apenas em hospitais.
Estatísticas oficiais publicadas hoje indicam que morreram pelo menos mais 1.500 pessoas até 10 de abril do que estimado pelo governo, incluindo 1.043 óbitos em lares de idosos em Inglaterra e País de Gales e mais de 500 outras pessoas em instituições e casas particulares.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 558 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 762 pessoas das 21.379 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).
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