Em resposta à agência Lusa, fonte do gabinete de comunicação Estado-Maior do coordenador da ‘task force’ adiantou que “está a ser realizada a revisão [das] patologias” a ser incluídas na segunda fase de vacinação, “quer no estabelecimento de critérios adicionais de priorização, quer na inclusão de novas doenças”.
“Este é um trabalho que se encontra a ser desenvolvido pela Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19, no qual se inclui a patologia mental”, refere a mesma fonte.
A resposta surge depois de na segunda-feira mais de 70 associações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência terem repetido o pedido junto da ministra da Saúde para serem considerados prioritários na vacinação contra a covid-19, depois de um primeiro apelo ter ficado sem resposta.
Por e-mail, as organizações perguntaram a Marta Temido sobre “que pessoas com deficiência vão ser vacinadas na primeira e na segunda fases”, querendo igualmente saber se “os seus cuidadores também vão ser vacinados” e quando é que isso irá acontecer, tendo o gabinete da ministra da Saúde respondido que as questões haviam sido encaminhadas para a ‘task force’.
Do gabinete de comunicação da ‘task force’, a resposta é a de que continuam a seguir as orientações técnicas da Direção-geral da Saúde e que os dois organismos estão em “constante articulação”.
Por outro lado, adianta que “muitas das pessoas que apresentam esta condição [deficiência] foram vacinadas na fase 1, no âmbito da vacinação de residentes nas instituições” e lembra que ainda recentemente foram incluídas as pessoas com trissomia 21, “dado representarem um grupo de risco acrescido para a covid-19”.
“Considerando os grupos prioritários definidos para a Fase 2 do Plano de Vacinação contra a COVID-19, a escassez de vacinas contra a COVID-19, e a necessidade de incluir outras patologias com menor prevalência que podem estar igualmente associadas a risco acrescido de internamento e morte por COVID-19, tal como previsto no Plano, está a ser realizada a revisão destas patologias”, refere ainda o gabinete de comunicação da ‘task force’.
Em meados de fevereiro, estas mais de 70 organizações fizeram o mesmo apelo junto do Presidente da República e do primeiro-ministro, bem como do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, da ministra da Saúde, Marta Temido, da secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas e do coordenador da ‘task force’ para o plano de vacinação em Portugal, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.
Na carta, as mais de 70 organizações alertaram que as pessoas com deficiência correm maior risco de contrair covid-19, tendo em conta as condições de saúde e o contacto próximo com os seus cuidadores, e de desenvolver sintomas mais graves da doença, defendendo que estas pessoas “não podem ficar esquecidas”.
Defendiam também que as pessoas com deficiência e os seus cuidadores tenham acesso prioritário à vacinação, incluindo assistentes pessoais, cuidadores familiares e pessoas que trabalhem em serviços relacionados com a deficiência.
Paralelamente, há uma petição pela “prioridade das pessoas com deficiência na vacinação contra a covid-19”, que conta com 5.570 assinaturas.
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