O surto detetado em 18 de junho no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS) já provocou 16 mortos, mas encontra-se, agora, “em resolução”, caso não existam novas cadeias de transmissão desconhecidas, refere a autarquia, citando a Autoridade de Saúde Pública.

Ainda assim, mantêm-se ativos 131 casos, 85 dos quais dizem respeito diretamente a funcionários (19) e utentes (66) do lar, enquanto os restantes 46 são casos de infeção na comunidade.

A atualização do boletim epidemiológico divulgada hoje pela Autoridade de Proteção Civil de Reguengos de Monsaraz, de resto, não regista qualquer alteração em relação ao de quinta-feira, mantendo-se internados no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) nove utentes do lar, cinco dos quais em cuidados intensivos, assim como o único caso comunitário a necessitar de cuidados hospitalares.

Da mesma forma, o número de casos curados relacionados com este surto mantém-se em 14, distribuídos entre cinco profissionais da FMIVPS e nove casos comunitários.

Entre as 16 vítimas mortais, 14 eram utentes do lar, uma era funcionária da instituição e outra registou-se entre os casos de infeção na comunidade.

Os números referem-se a um universo de cerca de 2.000 testes com resultados conhecidos até ao final do dia de quinta-feira, no qual foram recebidos aproximadamente 50 resultados.

A nota informativa emitida pela Câmara Municipal refere, ainda, que prosseguem hoje os trabalhos de limpeza geral do lar de terceira idade para acolhimento, “logo que estejam curados”, dos utentes entretanto transferidos para um pavilhão montado para o efeito no parque de feiras e exposições da cidade.

A Área Dedicada COVID-19 de Reguengos de Monsaraz continuará em atividade no Pavilhão Polidesportivo da Escola António Gião (Escola Amarela), com testes e testes de cura na comunidade, de acordo com as decisões da Autoridade de Saúde Pública.

Com a situação no lar, o concelho de Reguengos de Monsaraz regista o maior surto no Alentejo da doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

Em Portugal, morreram 1.644 pessoas das 45.277 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.