Rui Rio reuniu-se ao final da manhã com a administração do Centro Hospitalar de São João, no Porto, onde o espaço físico do serviço de urgência vai duplicar para acautelar uma eventual segunda vaga de COVID-19. Em simultâneo, adiantou o social-democrata, aquela unidade hospitalar está a trabalhar numa estratégia de recuperação das listas de espera.
"Quis visitar um hospital que está a fazer bem aquilo que tem de ser feito para provar a todos os demais e, em parte ao próprio Ministério da Saúde, que é possível que o país se prepare para novembro", afirmou.
O social-democrata considerou desejável que em novembro o país esteja preparado para "aquilo que possa ser o momento mais pesado da pandemia", até porque, sublinhou, não se podem repetir as falhas "naturais" cometidas em março e abril quando não havia conhecimento e todos foram "apanhados de surpresa".
No caso do Centro Hospitalar de São João, Rio adiantou que está a ser assegurada formação a médicos e enfermeiros para que possam trabalhar com os ventiladores, reforçando o número de profissionais que sabem manusear o equipamento.
A administração queixa-se, contudo, do mau funcionamento dos cuidados de saúde primários, que acaba por levar "sem necessidade" os utentes a recorrer aos hospitais.
"O Ministério da Saúde tem de olhar a sério para isso porque é absolutamente fundamental que os cuidados primários funcionem", defendeu.
A pandemia do coronavírus que provoca a COVID-19 já provocou pelo menos 851.071 mortos e infetou mais de 25,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.824 pessoas das 58.243 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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