A China praticamente erradicou no seu território a epidemia, que apareceu no centro do país no final de 2019. A última morte oficialmente relatada data de maio passado.

Mas vários focos de contaminação surgiram nos últimos dias, gerando uma resposta firme das autoridades.

Neste contexto, Heilongjiang (nordeste) declarou "estado de emergência" epidémico e um confinamento regional, ordenando que os residentes permaneçam na província, exceto em caso de emergência, e cancelem qualquer reunião planeada.

Em questão: a descoberta de 28 casos de contaminação por coronavírus nas últimas 24 horas, incluindo 12 assintomáticos.

Uma das cidades da província, Suihua, que tem mais de 5 milhões de habitantes no seu vasto território, foi colocada em quarentena na segunda-feira após a descoberta de 45 casos assintomáticos. Os moradores devem ficar em casa e o transporte público foi suspenso.

Nacionalmente, o balanço diário desta quarta-feira era de 115 novas contaminações, o maior número desde julho passado.

No entanto, é improvável que a China experimente uma "disseminação em grande escala" do novo coronavírus, assegurou Feng Zijian, vice-diretor do Centro Nacional Chinês para Controlo e Prevenção de Doenças.

"Estamos a lutar contra a covid-19 há mais de um ano, então temos um melhor conhecimento do vírus agora", disse esta quarta-feira.

Mesmo muito distante dos números registados no resto do mundo, o aumento de casos de covid-19 preocupa as autoridades chinesas com a aproximação do Ano Novo Chinês, a 12 de fevereiro, e que provoca centenas de milhões de deslocações de migrantes.

Fora de Heilongjiang, cerca de 20 milhões de habitantes do norte da China estão agora sujeitos a alguma forma de confinamento: proibição de deixar a sua comuna ou vila, o seu bairro ou residência.

Hebei, que cerca Pequim, proibiu os seus 76 milhões de habitantes de deixar a província, exceto em caso de emergência.

Hebei reportou esta quarta-feira 90 novas contaminações nas últimas 24 horas, quase todos os casos registados nacionalmente.

As autoridades já testaram 11 milhões de habitantes da vasta comuna de Shijiazhuang, 300 km ao sul de Pequim, e iniciaram uma segunda onda de testes nesta cidade, no centro do último surto epidémico.