Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.598 mortes associadas à COVID-19 e 43.156 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais 11 óbitos (aumento de 0,7%), 374 infetados (crescimento de 0,87%) e 327 recuperados. Ao todo há já 28.424 casos de recuperação em Portugal. Por outro lado, o boletim informa que existem ainda cerca de 200 casos que carecem de distribuição geográfica e que não estão incluídos no total de 374 novas infeções por um atraso no processo de notificação laboratorial.

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Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região com mais novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 300 das 374 novas infeções (80,2%).

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 819 óbitos (o mesmo número que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (491 +11), Centro (248 -1) e Algarve (15 =). Pelo menos 10 mortes (+1 que ontem) foram registadas no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 495 doentes internados, menos 15 do que na quinta-feira, e 72 em unidades de cuidados intensivos, menos cinco do que ontem.

Pelo menos 879 pessoas aguardam resultado laboratorial e 31.433 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 386.926 casos suspeitos, sendo que 342.891 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 1.069 tinham mais de 80 anos, 309 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 145 entre os 60 e 69 anos, 52 entre 50 e 59, 19 entre os 40 os 49, dois entre os 30 e os 39 anos e dois entre os 20 e os 29 anos.

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Infeções por região e concelhos com mais casos

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 19.956 (+300 que ontem), seguida da região Norte (17.664 +40), da região Centro (4.137 +16), do Algarve (649 +10) e do Alentejo (499 +8). Nos Açores, existem 151 (=) casos confirmados e na Madeira 92 (=).

Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 3.584 (+11 que ontem), seguido de Sintra (2815 +62), Loures (1.887 +15), Amadora (1.773 +34), Vila Nova de Gaia (1.670 +2), Porto (1.414 =), Matosinhos (1.292 =), Braga (1.256 =), Odivelas (1.157 +16), Gondomar (1.093 =), Cascais (1.041 +44), Maia (950=), Oeiras (838 +17), Vila Franca de Xira (796 +3), Valongo (764 +1), Guimarães (725), Ovar (690 =) e Coimbra (613 =).

De acordo com o documento, 37% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 28% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 10% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 90% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Os casos importados

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Mais de 521 mil mortos e 10,8 milhões de infetados

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 521.384 pessoas e infetou mais de 10,8 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa até às 11h00 de Lisboa, já morreram pelo menos 521.384 pessoas e há mais de 10.887.320 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 5.585.100 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 128.740 mortos e 2.739.879 casos, respetivamente. Pelo menos 781.970 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 61.884 mortes para 1.496.858 casos, Reino Unido com 43.995 mortes (283.757 casos), Itália com 34.818 mortes (240.961 casos) e França com 29.875 mortos (202.785 casos).

O Reino Unido reviu o seu método de contagem de pessoas infetadas na quinta-feira, passando de 313.483 casos de COVID-19 na quarta-feira para 283.757 casos na quinta-feira.

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 83.542 casos (cinco novos entre quinta-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 78.499 curado.

A Europa totalizou 198.356 mortes para 2.690.130 casos, Estados Unidos e Canadá 137.421 (2.844.522 casos), América Latina e Caraíbas 121.662 mortes (2.735.117 casos), Ásia 36.244 mortes (1.388.696 casos), Médio Oriente 16.959 (785.842 casos), África 10.609 mortes (433.436 casos) e Oceânia 133 mortes (9.585 casos).

Pela primeira vez desde o início da nova pandemia de COVID-19, a América Latina ultrapassou hoje a Europa no número de casos com 2.735.107 de infetados.

A América Latina, o continente onde a epidemia tem estado mais ativa nas últimas semanas, torna-se assim a segunda região do mundo com mais casos de COVID-19, atrás da América do Norte (Estados Unidos e Canadá), que tem 2.844.522 casos e antes da Europa (2.718.363).

A Europa continua a região do mundo mais afetada pela pandemia, com 198.310 vítimas, à frente dos Estados Unidos e Canadá (137.421) e América Latina (121.662).

A AFP avisa que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os valores de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

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