De acordo com António Lacerda Sales de um universo de 11.285 utentes, o panorama atual do país em número de infetados em lares aponta para 1.528 casos.

“São menos 58 que no dia de ontem [domingo], 145 estão internados e 303 aguardam resultados”, disse o governante que falava na conferência de imprensa de balanço sobre a pandemia de COVID-19 em Portugal.

António Lacerda Sales também somou 707 profissionais que trabalham neste setor infetados de um universo de 9.797.

Antes, o coordenador do gabinete de supressão da COVID-19 em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), Rui Portugal, questionado sobre a situação de um lar específico, em São Domingos de Rana, no concelho de Cascais, tinha feito já um balanço dos casos em residências naquela região.

Quanto ao lar de São Domingos de Rana, este registou um óbito e 41 dos 46 utentes estão infetados, somando-se seis profissionais.

Rui Portugal falou ainda da Casa de Vale de Lobos, no concelho de Sintra, que tem, disse, “16 casos positivos” e de “uma instituição no Barreiro com 19 casos”.

Sobre este tema, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu que “os lares continuam a ser uma grande preocupação”, lembrando que “Portugal adotou a política internacional que é a proteção dos mais vulneráveis”.

“Estão neste momento a ser adaptadas e atualizadas orientações para que a eficácia do combate a surtos a lares ainda seja maior do que aquela que se verifica. É preciso cumprir regras. São os profissionais que introduzem o vírus nos lares, portanto mais uma vez o apelo aos profissionais para que cumpram as regras todas e minimizem a possibilidade de infeção”, referiu Graça Freitas.

A diretora-geral também pediu que “rapidamente se dê o alerta em relação aos primeiros casos”.

“A precocidade com que se alerta a autoridade de saúde é importante. Perante uma suspeita ou situação anómala, comuniquem imediatamente. Quanto mais rápida for a intervenção, mais rápida será a contenção de casos”, concluiu.

Portugal regista hoje mais quatro mortes causadas pela COVID-19 do que no domingo e mais 266 infetados, cerca de 85% dos quais na Região de Lisboa e Vale do Tejo, divulgou hoje a Direção-Geral da Saúde.

De acordo com o boletim epidemiológico da DGS, o número de mortos relacionadas com a COVID-19 ascende hoje a 1.568 pessoas enquanto os casos confirmados desde o início da pandemia totalizam 41.912 infetados.

Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas até hoje, por faixa etária, o maior número regista-se entre as pessoas com 80 ou mais anos (1.051), seguida pela faixa entre os 70 e os 79 anos (302).

Entre a população com idades compreendidas entre os 60 e 69 anos há 143 mortes, além de 50 mortes entre as pessoas com idade entre os 50 e os 59 anos.

Entre os 40 e os 49 anos houve 18 mortos, duas entre os 30 e os 39 anos e duas na faixa etária dos 20 aos 29 anos.

Em termos globais, a faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (6.982), seguida da faixa entre os 30 e os 39 anos (6.677) e das pessoas com idades compreendidas entre os 50 e os 59 anos (6.590).