A Câmara Municipal do Porto, presidida por Rui Moreira, comunicou hoje que rejeita uma eventual cerca sanitária na região e que "deixa de reconhecer autoridade" a Graça Freitas após esta ter declarado que essa opção está a ser equacionada pelas autoridades de saúde.
Em declarações no Palácio de Belém, em Lisboa, questionado se, face a esta tomada de posição, entende que continua a haver unidade nacional, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Eu já tive ocasião de dizer que o país tem mostrado uma unidade nacional. Começa nos portugueses, que estão unidos, que é o mais importante, porque se eles não estivessem unidos não estavam a fazer o sacrifício que estão a fazer".
"E continua nos políticos, que devem corresponder a esta unidade dos portugueses: o Presidente da República, presidente da Assembleia, o primeiro-ministro, os partidos, os parceiros económicos e sociais, e os autarcas - não se esqueçam do papel fundamental dos autarcas", acrescentou.
Em seguida, o chefe de Estado ressalvou, contudo, que "isto não quer dizer que não haja neste processo, que é um processo dinâmico e difícil, de repente, situações em que surge um reparo, uma chamada de atenção, uma preocupação de um autarca".
"Isso temos tido, sobre cercas sanitárias, sobre necessidade de médicos, sobre mais proteção, sobre testes, utilização de testes, prioridades na utilização de testes. Mas isso é inevitável num processo destes. Isto é um processo dinâmico, todos os dias surgem problemas diferentes dos problemas da véspera, inesperados - inesperados no sítio, inesperados na forma, inesperados na quantidade, inesperados na qualidade", prosseguiu.
"Portanto, isso leva a que haja autarcas que digam: nós entendemos que deve ser mais isto ou mais aquilo, e discordamos disto ou propomos aquilo. Faz parte do processo", concluiu, em tom de desdramatização.
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