Carlos Moedas apresentou ainda os seus sentimentos à família de Marco Paulo, que morreu hoje, aos 79 anos.

"É um grande artista que nos deixa, um grande homem, um homem que nos encheu o coração tantas vezes, a tantas e tantas portuguesas e tantas gerações", disse o autarca, à saída de uma reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa, na capital.

Questionado sobre uma eventual homenagem da Câmara Municipal de Lisboa ao cantor, Carlos Moedas sublinhou que a decisão será da autarquia, embora gostasse muito de o fazer.

"Espero que sim. Obviamente é uma decisão da Câmara Municipal e eu gostaria muito de homenagear Marco Paulo. Ele marca toda uma geração, não só pela sua qualidade, pela sua qualidade artística, por aquilo que marcou como voz, como homem, como homem corajoso, que venceu tudo, lutou até ao fim. E eu gostava muito de homenageá-lo. Portanto, vamos tratar", acrescentou.

O cantor Marco Paulo foi o intérprete de êxitos como "Eu tenho dois amores" e "Maravilhoso coração", e recebeu um Disco de Diamante, por mais de 1,5 milhões de discos vendidos.

O cantor, cuja carreira esteve ligada durante cerca de 34 anos ao produtor musical Mário Martins na discográfica Valentim de Carvalho, construiu um repertório maioritariamente de versões em português, tendo optado por um modelo de atuação no esteio de nomes como Tony de Matos (1924-1989), Rui Mascarenhas (1929-1987) e António Calvário.

Marco Paulo, nome artístico de João Simão da Silva, o intérprete de êxitos como "Eu tenho dois amores" e "Maravilhoso coração", nasceu em 21 de janeiro de 1945, em Mourão, no distrito de Évora, fixando-se com a família em Alenquer, no distrito de Lisboa, no final dos anos 1950, e depois no Barreiro (distrito de Setúbal), já na década de 1960.

Em maio de 2022, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o cantor com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, pelos seus 50 anos de carreira, numa cerimónia no Palácio de Belém, em Lisboa.