O comandante distrital da PNTL, Henrique da Costa, explicou à Lusa que os 233 detidos, entre eles vários cidadãos estrangeiros, foram levados para o quartel da polícia, identificados e posteriormente libertados.

“A operação começou cedo e envolve efetivos do comando distrital, da polícia marítima, do centro de formação da polícia, do quartel-geral e das unidades especiais de polícia, e vai continuar nos próximos dias em Díli”, disse.

“Estas pessoas estavam a desobedecer às regras do confinamento, circulando na rua sem ser para os motivos autorizados, sem uso de máscaras e sem praticar distanciamento social”, frisou.

Além das detenções de hoje, a PNTL deteve mais de 20 pessoas no sábado, numa outra operação em Díli, neste caso envolvendo um grupo que estava a jogar futsal, quando as atividades desportivas coletivas estão expressamente proibidas.

Também na sexta-feira e sábado, as autoridades realizaram várias operações de fiscalização, verificando motoristas e condutores, tendo confiscado mais de duas dezenas de motas e vários veículos de pessoas que não tinham ou a documentação necessária ou a declaração para poder circular.

As regras do confinamento permitem que se saia de casa, entre outros motivos, para comprar alimentos ou acederem a serviços de saúde, exigindo a trabalhadores essenciais que transportem consigo uma declaração da empresa.

“Nesta fase estamos apenas a identificar as pessoas, a avisar de que não devem repetir o que fizeram e de que têm que obedecer à resolução do Governo e ficar em casa”, disse.

“Pedimos a todos eles que passem a mensagem à sua família, amigos e comunidade de que devem respeitar o confinamento porque este tipo de operações vai continuar”, sublinhou.

Henrique da Costa disse que, eventualmente, o facto de não ter havido ainda casos graves ou mortes devido à covid-19 tem levado algumas pessoas a minimizar o risco da doença, o que ajuda a explicar o maior movimento hoje, quando há o maior número de casos ativos de sempre, do que há um ano, quando Díli praticamente fechou e havia apenas um caso.

“Não pode ser sempre a polícia a atuar. Há também uma responsabilidade individual de cada pessoa de cumprir as regras e evitar ao máximo sair de casa”, reiterou.

“As pessoas, se calhar, pensam que isto não é grave porque mesmo que o número de casos aumente, ainda ninguém morreu. Mas é isso mesmo que queremos prevenir e por isso há que respeitar o confinamento obrigatório”, sublinhou.