“Um homem de 39 anos foi detido em Singapura por suspeita de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro através de esquemas comerciais por e-mail relacionados com a covid-19”, informa a polícia europeia em comunicado.
Segundo a Europol, o suspeito “usurpava a identidade de uma empresa legítima e anunciava a rápida entrega de máscaras de proteção FFP2 e de desinfetantes para as mãos”, num esquema que terá lesado uma farmacêutica europeia em mais de seis milhões de euros.
Sem precisar, a Europol refere na nota de imprensa que “um Estado-membro europeu informou que uma das suas empresas farmacêuticas havia sido lesada em 6,64 milhões de euros por esse indivíduo”, já que, depois de esta companhia ter feito uma transferência neste valor para um banco em Singapura, “o fornecedor mostrou-se incontactável” e os materiais nunca apareceram.
Após a denúncia, a Europol entrou em contacto com as autoridades singapurenses para bloquear o pagamento e para deter o suspeito que iria receber a verba, o que se concretizou no final de março.
Na nota, o serviço europeu de polícia reforça o alerta feito há dias, de que “os criminosos estão a aproveitar-se rapidamente das oportunidades para explorar esta crise, adaptando a sua forma de operação”, pedindo cautela aos cidadãos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.
Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 676 mil infetados e mais de 50 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos.
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