O que ficámos a saber hoje em Portugal?

- Mais 21 mortes e 446 novos casos

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta segunda-feira a existência de 140 mortes e 6.408 casos de infeção por SARS-CoV-2 em Portugal. Relativamente a domingo, em que se registavam 119 mortes, observou-se hoje um aumento de 17,6% (mais 21).

O número de infetados aumentou de 5.962 para 6.408, mais 446 em relação a ontem, o que representa um aumento de quase 7,5%, a taxa de crescimento mais baixa desde o início do surto em Portugal.

- 853 profissionais de saúde infetados

O número de profissionais infetados pelo novo coronavírus aumentou para 853, representando 13% do total de casos confirmados em Portugal. Segundo o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, 209 são médicos e 177 enfermeiros.

- DGS admite cerco sanitário no Norte, Câmara do Porto acha ideia "extemporânea"

A decisão de impor uma cerca sanitária na região do Porto está a ser equacionada e poderá ser tomada hoje, afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas. Mas a Câmara Municipal do Porto mostrou-se "surpreendida" pela notícia e disse em comunicado que deixou de reconhecer autoridade à DGS. "Tal medida, absurda num momento em que a epidemia de COVID-19 se encontra generalizada na comunidade em toda a região e país, não foi pedida pela Câmara do Porto, não foi pedida pela Proteção Civil do Porto e não foi pedida pela Protecção Civil Distrital. Nenhuma destas instituições e nenhum dos seus responsáveis, incluindo o presidente da Câmara do Porto foi contactado, avisado ou consultado pela Direcção Geral da Saúde", lê-se numa nota divulgada pela autarquia.

- Grávidas infetadas devem ficar em casa

As grávidas com covid-19 positivo assintomáticas ou com ligeiras queixas devem preferencialmente ser vigiadas em casa, de acordo com uma norma a ser publicada e referida hoje pelo Diretor do Serviço de Ginecologia-Obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo, de Loures. "Havendo condições para tal devemos manter uma monitorização diária remota [através de teleconsultas] da sua [grávidas] evolução clínica, conseguindo que se evitem deslocações necessárias aos centros de saúde, consultórios ou hospitais", afirmou Carlos Veríssimo, na conferência de imprensa diária da Direção Geral da Saúde.

E no resto do mundo?

- Mais 11 mil mortos e 100 mil infetados em Itália

Nas últimas 24 horas, Itália registou 812 novas mortes devido ao coronavírus, aumentado o número de vítimas mortais por COVID-19 no país para 11.591. Neste país, há já mais de 100 mil infetados com SARS-CoV-2. Itália é o país com mais óbitos devido à doença.

- Espanha ultrapassa China em número de casos de infeção

O Ministério da Saúde espanhol deu conta esta segunda-feira de mais 812 mortos nas últimas 24 horas devido ao coronavírus SARS-COV-2, o que representa uma diminuição face aos dados de domingo, quando se registaram 838 mortos. Espanha contabiliza, ao todo, 7.340 óbitos por COVID-19 desde o início da pandemia.

O aumento de casos surge no dia em que a imprensa espanhola noticia que Fernando Simón, chefe do departamento de alertas sanitários do governo espanhol, testou positivo para a infeção. O número total de infetados em Espanha é agora de 85.195, mais do que os casos reportados na China (81.470).

- Reino Unido com 180 óbitos em 24 horas

O número de óbitos aumentou 180 nas últimas 24 horas, contra 209 no domingo e 260 no sábado, enquanto que o número de pessoas infetadas aumentou 2.107 relativamente ao valor divulgado no domingo. O Reino Unido registou até agora 1.408 mortes entre 22.141 casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus responsável pela pandemia da COVID-19, informou hoje o Ministério da Saúde britânico.

- Mais de 35 mil mortos em todo o mundo, a grande maioria na Europa

A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 35.000 pessoas em todo o mundo, incluindo quase três quartos na Europa, desde que em dezembro apareceu na China, segundo um balanço da agência AFP, com dados de fontes oficiais dos países. Com 11.591 mortes, a Itália é o país com mais mortes no mundo, seguida pela Espanha (7.340) e China (3.304), o foco inicial do contágio.

E, já agora, uma boa notícia:

- Cientistas trabalham em 20 vacinas e 30 potenciais medicamentos

Cientistas em todo o mundo estão a trabalhar num total de 20 vacinas e 30 possíveis medicamentos contra a COVID-19, alguns dos quais já estão na última fase de testes antes da aprovação definitiva. De acordo com dados recolhidos pela Federação Internacional da Indústria Farmacêutica (Ifpma) - que representa as empresas e associações farmacêuticas baseadas em investigação de todo o mundo -, citada pela agência espanhola EFE, já há 20 vacinas em desenvolvimento em todo o mundo para combater o novo coronavírus.

Por outro lado, laboratórios têm identificados cerca de 30 medicamentos possíveis, dos quais 14 estão na fase inicial da investigação, quatro na fase I de desenvolvimento, três na fase II e um começou os ensaios da fase III, a última antes da aprovação.