A mulher, infetada com a doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, encontrava-se internada no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), em enfermaria, e morreu na segunda-feira, “cerca das 15:00”, indicou hoje o município, em comunicado.
Trata-se da terceira vítima mortal registada entre utentes internados no HESE, depois de os dois primeiros óbitos terem ocorrido entre aqueles que permaneciam no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS).
A primeira vítima mortal deste surto foi um homem com cerca de 70 anos (no dia 24), seguindo-se uma mulher de 92 anos (dia 25). Quanto aos idosos hospitalizados, no sábado, morreu uma mulher de 82 anos, a que se seguiram os óbitos de mais duas idosas na segunda-feira, uma de 91 anos, anunciado no próprio dia de manhã, e a de 89 anos, cuja morte foi divulgada hoje.
No comunicado enviado hoje à agência Lusa, com os dados da situação epidemiológica do concelho até final de segunda-feira, a Câmara de Reguengos de Monsaraz atualizou ainda para 135 o total de casos ativos no surto detetado no dia 18 deste mês no lar da FMIVPS.
Deste total, 92 registam-se no lar, divididos entre 70 utentes e 22 funcionários, e 43 são na comunidade, ou seja, mais dois casos ativos do que na segunda-feira, pode ler-se nos dados camarários.
“Estes números verificam-se num universo de cerca de 1.250 testes com resultado conhecido” até segunda-feira, explicou o município, assinalando que, hoje e na quarta-feira, deverão ser realizados “mais cerca de 300 testes” à população para rastreio à COVID-19.
No Hospital do Espírito Santo de Évora estão 13 utentes do lar internados, dos quais “três em cuidados intensivos”, a que se soma também um profissional da mesma instituição, igualmente na unidade de cuidados intensivos, destacou a câmara.
Todos os restantes profissionais infetados recuperam nas suas residências, enquanto os utentes não internados dividem-se entre o lar, que foi transformado em instalações com características hospitalares, e alguns em residências próprias ou de familiares,
Segundo a autarquia, “pela impossibilidade de realizar uma monitorização de sintomas detalhados de todos os infetados, a Autoridade de Saúde Pública prevê realizar o primeiro teste de cura ao 14.º dia”, ou seja, no próximo dia 03 de julho (esta sexta-feira).
E vai também “fazer uma equivalência da ala COVID do Lar a internamento e testar duas vezes para maior segurança” quanto à “não infecciosidade dos residentes em ala COVID+”, acrescentou.
Os testes na comunidade continuam a ser realizados na Área Dedicada à COVID-19 de Reguengos de Monsaraz, instalada nos Pavilhões Multiusos do Parque de Feiras e Exposições, de acordo com as decisões da Autoridade de Saúde Pública.
Portugal contabiliza pelo menos 1.568 mortos associados à COVID-19 em 41.912 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Reguengos de Monsaraz regista o maior surto do Alentejo, contabilizando cinco das sete mortes registadas até hoje na região (que tem um total acumulado de 477 casos de COVID-19, segundo a DGS).
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