As autoridades francesas adicionaram hoje pela primeira vez os óbitos em meio hospitalar aos verificados nos lares: a pandemia de COVID-19 no país já matou 6.507 pessoas neste país.
Nas últimas 24 horas, a França registou 588 mortos nos seus hospitais, fazendo que o total em meio hospitalar seja agora de 5.091 e a contabilização de óbitos nos lares de 1.416, anunciou hoje Jérôme Salomon, diretor-geral da Saúde francês. No entanto, contabilizado também os dados dos lares, morreram em França, no total, 1.120 pessoas, em apenas 24 horas.
O número total de casos confirmados no país é de 64.338. Há 27.432 pessoas hospitalizadas e 6.662 pacientes estão nas unidades de cuidados intensivos. Mais de um terço (35%) dos pacientes nestas unidades têm menos de 60 anos.
Salomon lembrou que "nunca houve tantas pessoas internadas nos cuidados intensivos" em França. Foram até agora transferidos 506 pacientes graves entre hospitais em França e também para os países vizinhos como Alemanha, Luxemburgo ou Bélgica.
Também os profissionais de saúde estão a ser transferidos para prestar assistência nos hospitais com maiores necessidades.
Em véspera de início de férias da Páscoa, Salomon relembrou que as deslocações dentro do país estão limitadas e que os controlos policiais na quarentena vão ser reforçados este fim de semana.
O novo coronavírus, SARS-CoV-2, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 53.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia. O continente europeu, com mais de 525.000 infetados e mais de 37.000 mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais.
Portugal regista hoje 246 mortes associadas à COVID-19, mais 37 do que na quinta-feira, e 9.886 infetados (mais 852), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Pelo menos 68 pessoas já recuperaram da doença.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, mantém-se em estado de emergência desde 19 de março e até 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
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