O relatório desta sexta-feira da Direção-geral da Saúde (DGS) aponta para 246 mortos na sequência da COVID-19, mais 37 que ontem, o maior aumento desde o início da pandemia em Portugal (17,7%). A letalidade global da doença em Portugal é agora de 2,5%.

Há ainda registo de 9.886 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 em todo país, mais 853 que ontem, uma subida de 9,4%.

O número de recuperados mantém-se igual a quinta-feira: 68 pessoas já estão livres da doença.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de quinta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (131), seguida da região Centro (61), da região de Lisboa e Vale do Tejo (51) e do Algarve, em que hoje se mantém o mesmo número de mortos (3) e se registou a primeira morte no Alentejo.

Imagem do Boletim da DGS
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Das 246 mortes registadas, 156 tinham mais de 80 anos, 58 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 21 entre os 60 e os 69 anos, nove entre os 50 e os 59 anos e dois óbitos entre os 40 aos 49 anos.

Imagem do Boletim da DGS
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O Norte do país continua a ser a região com maior incidência de casos, com 5.899 infeções. Depois surge Lisboa e Vale do Tejo, com 2.347, Centro com 1.286, Algarve com 179, Alentejo com 62, Açores com 63 e Madeira com 50.

Das 9.886 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (8.583) está a recuperar em casa, 1.058 (mais 16, +1,5%) estão internadas, 245 (mais cinco, +02%) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

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A faixa etária mais afetada é a dos 40 aos 49 anos (1.827), seguida dos 50 aos 59 anos (1.786), dos 30 aos 39 anos (1.473) e dos 60 aos 69 anos (1.325). Há ainda 133 casos de crianças com idades até aos nove anos, 236 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e nas idades entre os 20 e os 29 anos há 1.005 casos.

Os dados indicam também que há 945 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 1.156 com mais de 80 anos.

No total, registaram-se até ao momento em Portugal 74.377 casos suspeitos, dos quais 59.099 não se confirmaram. Há ainda 5.392 casos a aguardar resultado laboratorial. Pelo menos 22.556 pessoas permanecem em vigilância pelas autoridades de saúde.

Os dados da DGS, que se referem a 79% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 (634), seguida do Porto (606 casos), Vila Nova de Gaia (449), Gondomar (424), Maia (390), Matosinhos (368), Braga (305), Valongo (308), Sintra (242) e Ovar (220).

Imagem do boletim da DGS
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Parte (48%) dos pacientes apresenta febre, tosse (60%), sendo que 33% registaram também dores musculares, 25% tiveram fraqueza generalizada, 18% dificuldade respiratória e 29% cefaleia. No entanto, só existe informação reportada sobre sintomas em 78% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
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Segundo o relatório da DGS, 152 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 107 de França, 59 do Reino Unido, 40 dos Emirados Árabes Unidos, 39 da Suíça, 29 de Itália, 21 de Andorra, 17 dos EUA, 14 da Austrália, 14 dos Países Baixos, 14 do Brasil, 11 da Argentina, nove da Bélgica, sete da Alemanha, seis da Áustria, cinco do Canadá e um de Cabo Verde, de onde se tinham estimado inicialmente quatro casos.

O boletim dá ainda conta de três casos importados da Índia, três de Israel, dois casos do Egito, dois da Irlanda, dois da Jamaica e outros dois da Tailândia.

Foram ainda importados um caso da Áustria/Alemanha, Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Luxemburgo, Malta, Maldivas, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Suécia, Ucrânia e Venezuela.

Mapa mundial interativo com casos confirmados e mortes

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

O novo coronavírus, SARS-CoV-2, responsável pela pandemia da COVID-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil. Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 525 mil infetados e mais de 37 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 13.915 óbitos em 115.242 casos confirmados até quinta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, 10.935 óbitos, enquanto os Estados Unidos, com 6.058 mortos, são o que contabiliza mais infetados (245.573). Na quinta-feira registaram o número mais elevado de óbitos num só dia num país (1.169) em meados do mês, para a reabertura das fronteiras externas do bloco.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje o seu prolongamento até ao final do dia 17 de abril.

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