Cerca de 3.000 mortes nas últimas 24 horas puseram os Estados Unidos a ultrapassar a fasquia dos 50 mil mortos por COVID-19. Existem pelo menos 870.468 casos confirmados neste país. Os dados são da Universidade Johns Hopkins, que monitoriza a contagem de casos com base em dados oficiais.

Deborah Birx, especialista na força de combate à COVID-19 na Casa Branca, garante que os Estados Unidos tem "uma das taxas de mortalidade mais baixas do mundo".

Segundo esta responsável, a taxa de mortalidade relatada nos EUA é de 1,4%, bastante abaixo da registada em Portugal, Espanha, Itália, França, Bélgica e Reino Unido.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

Estados Unidos com novo plano de ajuda

O Congresso dos EUA aprovou na quinta-feira (23) um plano de ajuda à economia e aos hospitais para enfrentar a pandemia. Apesar dos pedidos de cautela, alguns estados, como Texas, Vermont e Geórgia, decidiram retomar algumas atividades.

O plano de 483 mil milhões de euros foi adotado por 388 votos a favor, cinco contra e uma abstenção, e deve ser promulgado pelo presidente Donald Trump esta noite.

Donald Trump está ansioso para retomar a economia americana, mas os governadores dos 50 estados estão divididos em relação às medidas a tomar. Alguns não esperaram para permitir que as empresas voltassem a funcionar, numa altura em que se multiplicam os protestos contra um regresso à normalidade, apesar das advertências dos cientistas.

Na Geórgia, um pequeno estado do sudeste, cabeleireiros, salões de beleza e estúdios de tatuagem, entre outros, reabriram esta sexta-feira. Na próxima segunda-feira, será a vez dos cinemas e restaurantes, sujeitos a regras rigorosas de distanciamento social e limpeza.

Na Flórida, as praias estarão novamente abertas ao público a partir de domingo,e certas atividades foram cuidadosamente reiniciadas na segunda-feira no Texas e em Vermont. "Não estou contente com Brian Kemp", o governador da Geórgia, comentou o presidente Trump esta semana.

Embora o presidente tenha pedido desde a semana passada um "relançamento" da atividade nos Estados Unidos, a Casa Branca recomenda que os estados que decidam levantar as restrições registem pelo menos 14 dias de queda dos contágios, o que não ocorreu na Geórgia.

O presidente, no entanto, está otimista com a evolução da epidemia e destacou que "46 estados registaram uma redução no número de pacientes que apresentavam sintomas de coronavírus". "Estamos muito perto de uma vacina", acrescentou.

Andrew Cuomo, governador democrata do estado de Nova Iorque, epicentro da pandemia nos Estados Unidos, pediu por sua vez prudência. "Entendo a pressão" que os governadores podem sentir para relaxar as regras, disse, rejeitando categoricamente o argumento de que a paralisia económica e o confinamento são piores do que o risco de ver a epidemia espalhar-se.

Em Portugal, morreram 854 pessoas das 22.797 confirmadas como infetadas, e há 1.228 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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