Portugal regista esta quinta-feira mais 1.094 casos de COVID-19 e 18 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 17.485 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 988.061 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 1.275 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há 925.842 doentes recuperados da doença em Portugal desde março de 2020.

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A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 35,9% dos diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.474 (+11), seguida do Norte com 5.456 óbitos (+4), Centro (3.056, =) e Alentejo (988, +2). Pelo menos 401 (+1) mortos foram registados no Algarve.

Há 38 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 72 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos a subir

Em todo o território nacional, há 857 doentes internados, mais oito do que ontem, e 189 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais cinco do que no dia anterior.

Boletim 9 de agosto
Boletim 9 de agosto créditos: DGS

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 44.734 casos ativos da infeção em Portugal — menos 199 que ontem — e 62.415 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 1.580 que no dia anterior.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 386.073 (+374), seguida da região Norte (381.862, +393), da região Centro (131.855, +87), do Alentejo (34.664, +21) e do Algarve (34.820, +157).

Nos Açores existem 7.898 casos contabilizados (+28) e na Madeira 10.889 (+34).

O que nos diz a matriz de risco?

Matriz de risco 9 de agosto
Matriz de risco 9 de agosto créditos: DGS

Portugal apresenta uma incidência de 336,1 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - inferior aos 362,7 casos de há dois dias - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,93, mais do que os 0,92 de sexta-feira.

No território continental, o R(t) também está nos 0,93. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.436 registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.739), entre 60 e 69 anos (1.585) entre 50 e 59 anos (495), 40 e 49 anos (168) e entre 30 e 39 anos (45).

Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e três entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.182 são do sexo masculino e 8.303 do feminino.

Mais de 202.813.740 infetados com COVID-19 foram diagnosticados no mundo desde que a doença foi identificada, em dezembro de 2019, na China, segundo um balanço da AFP até às 10:00 TMG (11:00 em Lisboa) de hoje.

A pandemia da COVID-19 causou pelo menos 4.294.735 mortos em todo o mundo no mesmo período, indica o mesmo balanço da agência France-Presse. A grande maioria dos doentes recupera, mas uma parte ainda mal avaliada continua com sintomas durante semanas ou até meses.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Nas últimas 24 horas foram registados 8.002 mortos e 485.978 casos em todo o mundo. Os países com maior número de mortos foram a Indonésia, com 1.475 novos óbitos, a Rússia (769) e o Irão (588).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 616.829 mortes em 35.764.022 casos, de acordo com a contagem realizada pela Universidade Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 563.151 mortos e 20.165.672 infetados, a Índia, com 428.309 mortes (31.969.954 casos), o México, com 244.420 óbitos (2.971.817 casos) e o Peru, com 196.950 óbitos (2.125.345 infetados).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 597 mortes por cada 100.000 habitantes, seguido da Hungria (311), da Bósnia (295), da República Checa (284) e do Brasil (265).

A América Latina e as Caraíbas totalizavam hoje, às 10:00 TMG, 1.391.463 mortes em 41.530.940 casos, a Europa, 1.212.602 mortes (59.709.566 casos), a Ásia 702.970 mortes (46.277.151 casos), os Estados Unidos e Canadá 643.498 mortos (37.202.765 infetados), a África 177.337 mortes (7.018.101 infetados), o Médio Oriente 165.412 mortos (10.981.575 casos) e a Oceânia 1.453 mortes (93.646 casos).

Os números da AFP baseiam-se em balanços diários das autoridades de saúde de cada país e em informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e excluem as revisões posteriores de determinados organismos estatísticos, que indicam um número muito superior de óbitos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula, tendo em conta o excesso de mortalidade ligada direta e indiretamente à COVID-19, que o balanço da pandemia poderá ser duas a três vezes superior ao registado oficialmente.

Além disso, uma proporção significativa dos casos menos graves ou assintomáticos não são detetados, apesar da intensificação dos rastreios em muitos países.