“Vamos estender a vacina mRNA a pessoas com idade igual ou superior a 12 anos, a partir de amanhã”, disse o médico Tai Wai Hou, coordenador do plano de vacinação, durante a conferência diária sobre a situação da pandemia no território.

O responsável informou ainda que haverá 800 vagas por dia para esta faixa etária.

Os cerca de 683 mil residentes em Macau podem escolher entre a vacina da Sinopharm, desenvolvida na China, e a produzida pelas farmacêuticas norte-americana Pfizer e a alemã BioNtech, com a vacina chinesa a liderar as preferências da população.

Segundo os Serviços de Saúde, “a proporção atual de marcações diárias para as vacinas da Sinophram e de mRNA [BioNtech/Pfizer] é de cerca de 85 para 15”.

Apesar de a população poder escolher que vacina tomar, com um prático sistema de marcação ‘online’ e vários horários à disposição, a vacinação está ainda muito aquém do que é necessário para atingir a imunidade coletiva (mais de 80% da população, segundo a Organização Mundial da Saúde).

Desde o início da campanha de vacinação, em 09 de fevereiro, foram vacinadas 191.961 pessoas, tendo 108.925 tomado a primeira dose e apenas 83.036 as duas, segundo dados divulgados hoje.

As autoridades de saúde têm multiplicado os apelos à população para que se vacine contra a doença.

Na quarta-feira, as autoridades anunciaram também a abertura de um novo posto de vacinação “de grande dimensão” no Centro Desportivo Mong-Há, em cooperação com o Hospital Kiang Wu, onde será administrada a vacina da farmacêutica chinesa Sinophram.

O espaço, com capacidade inicialmente para 1.000 vagas por dia, deverá começar a funcionar a partir da próxima segunda-feira, dia 21 de junho.

Os restantes locais de vacinação também vão aumentar o número de vagas, prevendo os Serviços de Saúde que os 15 postos atualmente em funcionamento passem a ter uma capacidade diária para 8.200 pessoas, que deverão subir para um total de 10.000 “após a entrada em funcionamento do Centro Desportivo Mong-Há”.

Macau identificou apenas 52 casos desde o início da pandemia e não registou qualquer morte por covid-19 nem qualquer surto comunitário.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.824.885 mortos no mundo, resultantes de mais de 176,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.