Imposto desde 14 de janeiro, “o confinamento total é prorrogado até 08 de fevereiro às 05:00 (03:00 em Lisboa)”, anunciou o Conselho Supremo de Defesa num comunicado.
O confinamento é acompanhado por recolher obrigatório de 24 horas e encerramento do comércio, que só poderão ser entregues em domicílio. As exceções são para equipas médicas ou jornalistas e quem possua atestados de saída para certas viagens.
O Líbano, com cerca de seis milhões de habitantes, registou até agora 264.647 casos, incluindo 2.084 mortes. Na quarta-feira, o ministério da Saúde anunciou 64 mortos em 24 horas, um novo recorde.
As autoridades estão a trabalhar para aumentar o número de camas disponíveis para pacientes com a doença covid-19, num momento em que o setor hospitalar está sob pressão.
Nos cuidados intensivos, a taxa de ocupação agora é de 91% em todo o país e 97,89% em Beirute, segundo os últimos dados divulgados quarta-feira pelo escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Líbano.
“Segundo os critérios da OMS, o Líbano está atualmente no nível 4: uma pandemia descontrolada, com capacidade adicional limitada para o sistema de saúde”, disse Firass Abiad na rede social Twitter, diretor do principal hospital público mobilizado na luta contra o novo coronavírus.
“Isso requer medidas ampliadas para evitar serviços de saúde desatualizados e taxas excessivas de morbidade e mortalidade”, disse Abiad.
O aumento atual é em grande parte devido ao relaxamento das restrições durante a temporada de férias.
O Banco Mundial anunciou hoje que financiará a distribuição de vacinas no Líbano até fevereiro, a primeira operação do género financiada pela instituição internacional.
O financiamento de 34 milhões de dólares fornecerá vacinas para mais de dois milhões de pessoas.
A vacina será aplicada prioritariamente entre trabalhadores de saúde de alto risco, população acima de 65 anos, equipa epidemiológica e de vigilância e população de 55 a 64 anos com comorbidades.
O país está a viver a sua pior crise económica em décadas, com uma histórica depreciação da moeda, hiperinflação e demissões em grande escala, sendo que metade da população vive agora na pobreza.
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