Na publicação, de acordo com as capturas tiradas antes da exclusão, a cantora garantiu haver uma vacina eficaz há meses, algo que, segundo a mesma, algumas pessoas "não querem" ouvir, especialmente as pessoas no poder", escreve a agência noticiosa espanhola Efe.
O vídeo foi obra de Stella Immanuel, uma pediatra conhecida por apoiar várias teorias da conspiração e que em ocasiões anteriores vinculou certas patologias do sexo com demónios e bruxas, além de defender o não uso de máscaras, adianta a Efe.
Anteriormente, Donald Trump Jr., filho do Presidente norte-americano, Donald Trump, teve a sua conta pessoal no Twitter bloqueada por 12 horas por divulgar o mesmo vídeo, o que não corrobora cientificamente nenhuma das reivindicações que fez, como a defesa do uso da hidroxicloroquina, tratamento recomendado pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos.
O próprio Presidente dos EUA falou há algumas semanas do conteúdo divulgado pela pediatra Immanuel e pelo seu grupo, durante uma conferência de imprensa que Trump suspendeu quando questionado por jornalistas sobre a história das reivindicações da ativista.
"Esta mulher é minha heroína. Obrigado, Stella Immanuel", escreveu Madonna.
Embora a publicação tenha sido retirada, nem a cantora nem os seus representantes se referiram à mesma novamente.
Os seguidores, surpresos com a ação da autora de "Like a Virgin", também incluíram a cantora Annie Lennox, que chamou o conteúdo de "charlatanismo perigoso".
"Isso é absolutamente insano! Não acredito que você está a endossar esse charlatanismo perigoso. Espero que o seu ‘site’ tenha sido invadido e você esteja prestes a explicá-lo", escreveu Lennox.
Depois de a marcar como "desinformação", o Instagram decidiu retirar a publicação porque "fez alegações falsas sobre curas e métodos de prevenção para a covid-19", disse um porta-voz da rede social à revista de música Billboard.
O Instagram, propriedade do Facebook, especificou que removeu o conteúdo de toda a sua plataforma, não estritamente do perfil de Madonna, apesar da sua enorme influência na rede social.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 660 mil mortos e infetou mais de 16,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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