Em entrevista à agência Lusa – que será divulgada na íntegra na quarta-feira – João Cotrim Figueiredo foi questionado sobre que medidas para combater a evolução da covid-19 irá defender junto do primeiro-ministro, António Costa, que entre terça e quarta-feira vai receber os partidos com assento parlamentar sobre a situação epidemiológica em Portugal.
“Não aceitaremos nada que volte a restringir horários de funcionamento, lotações, gestão de eventos”, avisou.
O deputado único liberal defendeu também “com grande vigor a aceleração do processo de vacinação, a aceleração e a disponibilização gratuita e maciça de testes e um apelo geral às pessoas que considerem o seu próprio bem-estar quando estão em situações sociais”.
“Utilização de máscaras em sítios fechados e outro tipo de circunstâncias que agora, devido à época natalícia, se proporcionarão mais”, exemplificou.
João Cotrim Figueiredo deixou assim claro que o partido está “100% de acordo” com “tudo o que sejam medidas individuais de proteção que as próprias pessoas possam fazer”.
“Restrições que possam, mais uma vez, afetar a economia e sobretudo aqueles setores que são sempre os mesmos, que são os sofrem, os setores dos eventos, da restauração, da hotelaria, isso não”, sintetizou.
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O primeiro-ministro recebe na terça e quarta-feira os partidos com representação parlamentar sobre a situação epidemiológica em Portugal, num momento em que o país regista um crescimento das taxas de incidência e de transmissão (Rt) da covid-19, antes de o Governo aprovar medidas contra a covid-19, o que poderá acontecer no Conselho de Ministros de quinta-feira.
No final da reunião do Infarmed de sexta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que continua a haver "conjugação total dos órgãos de poder político" na resposta à covid-19, mas escusou-se a falar de medidas, remetendo essa decisão para o Governo, após consulta aos partidos.
Quanto às medidas a adotar, o chefe de Estado disse que "os especialistas apresentaram o que consideravam indispensável para esta fase" e que "a decisão sobre essa matéria pertencerá naturalmente ao Governo", que "vai ouvir os partidos políticos e vai decidir".
Já ontem, Marcelo Rebelo de Sousa afastou a ideia de um novo confinamento para responder ao aumento de casos de covid-19, afirmando que a “situação não aponta para isso” e “não tem comparação” com a de "há um ano”.
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