Apesar de até à data não ter sido registado nenhum caso de contaminação de profissionais de saúde por esta via, a autoridade nacional do medicamento emitiu hoje uma circular normativa com as “precauções na administração de gases medicinais a doentes com COVID-19”.
“Em tempo de pandemia de COVID-19, alerta-se para o potencial risco de contaminação dos profissionais de saúde devido à administração de gases medicinais a doentes com COVID-19, por exposição ocupacional a partículas virais exaladas pelos doentes”, refere a circular divulgada no ‘site’ do Infarmed.
A autoridade do medicamento explica que “a disseminação de partículas virais de SARS-CoV-2 para o ambiente circundante pode ser potenciada pela formação de aerossóis, expulsos no decurso da administração de gases medicinais a doentes infetados, em particular se não forem cumpridas as recomendações de utilização e manipulação recomendadas para cada medicamento e respetivo(s) dispositivo(s) de administração”.
Assim, recomenda a todos os profissionais de saúde que contactem com um caso confirmado ou suspeito de COVID-19 a seguir as recomendações divulgadas pela Direção-Geral de Saúde.
“As recomendações de utilização dos gases medicinais, assim como dos dispositivos médicos utilizados na sua administração devem ser escrupulosamente cumpridas”, salienta.
O Infarmed adianta que na seleção dos dispositivos para administração de gases medicinais, devem ser preferencialmente utilizados aqueles que minimizem a libertação de aerossóis para o ambiente e “sempre que possível, devem ser utilizados dispositivos de uso único” e no caso de serem reutilizáveis, assegurar que são corretamente descontaminados antes da utilização seguinte.
“Considerando a heterogeneidade de procedimentos e dispositivos médicos utilizados na administração dos diversos gases medicinais”, a entidade recomenda que, em caso de dúvida, seja contactado o titular de autorização de introdução no mercado (AIM) do gás medicinal ou os fabricantes ou os distribuidores dos dispositivos médicos utilizados.
Portugal contabiliza 1.163 mortos associados à COVID-19 em 27.913 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), que indica que há 3.013 pessoas recuperadas.
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