A fonte oficial adiantou que os inspetores da IGAS “vão começar o seu trabalho”, nomeadamente em unidades dos agrupamentos de centros de saúde (ACeS) do Pinhal Litoral e do Baixo Vouga, bem como nas unidades locais de saúde (ULS) da Guarda e de Castelo Branco.

Nesta fase, a intervenção da IGAS abrange “duas situações” suspeitas no Pinhal Litoral, “três casos” no Baixo Vouga e “várias situações” nos distritos da Guarda e Castelo Branco.

“Além destes, serão inspecionados vários hospitais da região Centro, incluindo o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)”, informou a mesma fonte, segundo a qual “irão também avançar inspeções” da IGAS “às listagens de lares de idosos” na região, a fim de verificar eventuais irregularidades na seleção dos pacientes prioritários.

A ULS da Guarda, que presta cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados, integra o Hospital de Nossa Senhora da Assunção, em Seia, e o Hospital Sousa Martins, na Guarda, além de vários centros de saúde do distrito.

Por sua vez, com igual conceito de gestão, fazem parte da ULS de Castelo Branco o Hospital Amato Lusitano, na capital de distrito, e diversos centros de saúde nos municípios vizinhos.

Na quinta-feira, o Ministério Público (MP) anunciou que delegou na Polícia Judiciária a investigação de irregularidades com o plano nacional de vacinação contra a covid-19 e na sequência da instauração de diversos inquéritos.

“A procuradora-geral da República, após articulação com o diretor nacional da Polícia Judiciária, recomendou a ponderação de delegação de competências para investigação dos inquéritos com o referido objeto, concentradamente na Polícia Judiciária, por forma a potenciar um tratamento uniformizado e maior agilização na articulação com as inspeções setoriais”, informou o MP numa nota enviada à agência Lusa.

Na semana passada, a IGAS encetou um processo de inspeção para verificar o cumprimento das normas e orientações aplicáveis ao processo de administração da vacina contra a covid-19.

Esta inspeção abrange as cinco administrações regionais de saúde (ARS), entidades hospitalares do setor público empresarial do Estado, entidades hospitalares do setor público administrativo, hospitais privados, hospitais do setor social, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).