Vários casinos e complexos dos operadores da capital mundial do jogo foram hoje inspecionados pelas autoridades do território, confirmaram os Serviços de Saúde, em conferência de imprensa.
Os Casinos respeitaram estritamente as instruções do Governo, indicaram as autoridades.
Um terço dos casinos de Macau reabriu hoje em Macau, capital mundial do jogo, mas faltam apostadores, que vêm normalmente da China continental, onde o coronavírus COVID-19 já provocou 2.118 mortos e infetou 74.576 pessoas.
Com os apostadores da China continental sem vistos para entrar em Macau, confrontados com restrições nas fronteiras e com o súbito e indeterminado cancelamento de voos desde que começou o surto, no final de 2019, os efeitos nos ‘resorts’ era previsível.
Segundo os dados divulgados pelo Governo em conferência de imprensa, entraram hoje em Macau cerca de 2.000 turistas, num território que normalmente acolhe cerca de três milhões de visitantes por mês.
Um esforço redobrado nas operações de limpeza e desinfeção, uma maior distância entre as mesas de jogo para ‘despistar’ o risco de contágio, a obrigação de todos se sujeitarem a uma medição corporal da temperatura e de apresentarem uma declaração de saúde, foram algumas das exigências das autoridades de Macau.
O acesso a estes espaços foi interditado a todas a pessoas que tenham estado na província chinesa de Hubei, onde começou a epidemia do novo coronavírus.
Mas somam-se outras proibições: não são permitidas apostas em pé e aglomerações, pelo que é determinada uma distância mínima entre os jogadores. E, além das mesas tradicionais, também algumas máquinas de jogo eletrónico foram desativadas para se garantir uma distância segura entre os apostadores, que se mantêm longe de Macau, apesar de não se verificarem novos casos no território há 16 dias consecutivos.
Hoje, na mesma conferência de imprensa, o diretor dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, disse que neste momento, “Macau tem um risco reduzido de contágio” do novo coronavírus.
Ainda há algum risco, por causa dos territórios vizinhos, por isso as autoridades vão continuar vigilantes, assegurou.
O número de infetados com o coronavírus COVID-19 em Macau desceu na quarta-feira para quatro após uma nova alta hospitalar anunciada pelos Serviços de Saúde locais, em conferência de imprensa.
Trata-se de um homem de 66 anos, que esteve 28 dias hospitalizado, oriundo da cidade chinesa de Wuhan, onde começou o novo coronavírus que já matou mais de duas mil pessoas a nível mundial.
Dos 10 casos registados em Macau, este é o sexto paciente a receber alta, continuando internadas outras quatro pessoas.
Dos 1.480 casos suspeitos em Macau, 1.462 foram excluídos pelas autoridades, com oito à espera de resultados de análises, não existindo neste momento pessoas em isolamento.
Nas últimas 24 horas foram efetuados 138 testes, sublinharam as autoridades de saúde, no dia em que se cumpre o 16.º dia sem novos casos no território.
As autoridades de Macau anunciaram ainda que vão começar a reabrir, gradualmente, alguns parques de lazer, mas voltaram a reiterar o apelo à população para que evite sair de casa e a concentração de pessoas, porque o combate à “epidemia ainda não terminou”.
O coronavírus COVID-19 provocou 2.118 mortos na China continental e infetou mais de 75.000 pessoas a nível mundial.
A maioria dos casos ocorreu na China, onde o novo vírus foi detetado no final de 2019, na província de Hubei, a mais afetada pela epidemia.
Além de 2.118 mortos na China continental, morreram três pessoas no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas no Irão, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e uma na Coreia do Sul.
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