“A situação é grave”, disse o chefe do governo francês ao anunciar, em conferência de imprensa, a extensão do recolher obrigatório, que vigora entre as 21:00 e as 06:00.
Jean Castex evocou uma progressão “rápida e muito preocupante da pandemia” no país, que se traduziu num aumento numa semana de 40% da taxa de incidência (casos confirmados por 100.000 habitantes) para os atuais 251.
“A circulação do vírus atinge um nível extremamente elevado”, frisou o primeiro-ministro, advertindo que “o número de mortos” vai “continuar a aumentar”.
“Os nossos serviços hospitalares vão estar sujeitos a um duro teste”, disse, frisando que “os novos casos de hoje são os hospitalizados de amanhã e, infelizmente, talvez os mortos de depois de amanhã”.
França conta com 101 departamentos, 54 dos quais passam a estar sujeitos à medida, assim como o território ultramarino francês da Polinésia, “por seis semanas”.
Em cidades como Paris, o recolher obrigatório está já em vigor desde 17 de outubro.
A medida entra em vigor à meia-noite de sexta-feira e, como durante o confinamento, prevê exceções para quem tenha de sair de casa para trabalhar ou procurar assistência médica.
O desrespeito da medida implica o pagamento de multa de 135 euros, que pode ser agravada até aos 1.500 euros.
França regista nas últimas semanas um aumento significativo do número de novos casos e de hospitalização de infetados com o vírus SARS-CoV-2.
Desde o início da pandemia, e segundo números oficiais de quarta-feira, o país contabiliza 957.421 casos e 34.048 mortes.
O novo coronavírus já infetou mais de 41,3 milhões de pessoas em todo o mundo, 1,1 milhões das quais morreram, segundo um balanço de hoje da agência France-Presse (AFP).
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