“Está a ser superiormente analisado. Creio que está previsto ou para dia 18 ou 19 [sábado ou domingo]. Está a ser analisado a nível nacional. Espero não estar a fazer nenhuma inconfidência”, disse Graça Freitas na conferência de imprensa diária para fazer o balanço da pandemia de covid-19 no país.
A diretora-geral da Saúde disse que “Ovar é um bom exemplo” porque “foi alvo de medidas extraordinárias em determinada altura porque tinha uma dinâmica da doença muito intensa e entretanto, felizmente, a avaliação da situação e a avaliação do risco epidemiológico indica que já não é uma situação especial”.
“Ou seja, Ovar tem características da epidemia semelhantes a outras zonas do país. O surto está neste momento controlado e a tender para números semelhantes a outras zonas do país”, afirmou Graça Freitas, frisando que esta alteração aconteceu também porque houve “um reforço do Serviço Nacional de Saúde”.
A diretora-geral da Saúde reconheceu, no entanto, que a população deste concelho do distrito do Porto foi “exposta a um maior stress por estar sujeita a medidas especiais” e aplaudiu a “atuação concertada entre autoridades”.
“A autoridade de saúde local, que faz avaliação do risco sanitário, e a câmara como agente de proteção civil chegaram à conclusão que estavam reunidas as condições para que Ovar deixasse de ser uma zona de exceção”, concluiu.
Em 17 de março, o Governo declarou o estado de calamidade pública no concelho de Ovar, que no dia seguinte ficou sujeito a cerco sanitário com controlo de entradas e saídas no concelho, e encerramento de toda a atividade empresarial que não envolvesse bens de primeira necessidade.
Após várias exceções autorizadas a ritmo gradual, na terça-feira passaram a laborar mais 300 unidades industriais locais, mediante planos de contingência específicos.
Portugal regista hoje 629 mortos associados à covid-19, mais 30 do que na quarta-feira, e 18.841 infetados (mais 750), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
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