Atualmente, a Assembleia da República pode funcionar apenas com um quinto dos deputados (46 parlamentares) mas, em dias de votações como o de hoje, terá de ter pelo menos 116 deputados, que podem registar-se até uma hora antes das votações, saindo em seguida.
Desde o início do plenário estiveram sempre muito mais deputados do que o mínimo necessário para o funcionamento, por vezes quase o dobro.
No início do segundo debate da tarde, sobre o pedido de autorização de renovação do estado de emergência, o presidente da Assembleia da República pediu que fosse verificado o quórum e como já existiam 116 deputados registados - o mínimo necessário para as votações - dirigiu um "convite" aos parlamentares.
"Estamos em condições de realizar as votações, ou seja, esta indicação é um convite para que alguns senhores deputados possam sair", apelou.
O apelo foi seguido e ficaram cerca de 60 deputados na sala das sessões (ainda acima do quórum mínimo de funcionamento).
Entre as intervenções dos deputados no púlpito, um funcionário desinfetou sempre o microfone.
Já as máscaras de proteção individual foram usadas por uma minoria de deputados ou funcionários na Assembleia da República, mas aumentaram em relação à semana passada, quando se contavam pelos dedos de uma mão.
Hoje, no plenário eram cerca de uma dezena os deputados com máscara - entre os perto de 80 que estavam na sala no início da sessão plenária, pelas 15:00 -, vários usavam luvas e apenas um entrou de viseira.
Quase todos os deputados entravam na sala a esfregar as mãos para espalhar o gel desinfetante colocado em todas as entradas do plenário e em muitos outros pontos da Assembleia da República.
Também nos corredores, alguns assessores e funcionários optaram hoje por usar máscaras e, na entrada, foi colocado um separador de acrílico para que quem tem de se identificar não contacte diretamente com o encarregado de distribuir acreditações.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados. Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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