Em muitos países, famílias mais desfavorecidas dependem das refeições escolares para a alimentação dos filhos, frisou.

Elizabeth Byrs, porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM), das Nações Unidas, disse hoje em conferência de imprensa que a suspensão das aulas provocou a suspensão dos programas de ajuda da agência em cerca de 30 países, afetando diretamente cerca de nove milhões de crianças.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

“O PAM está a avaliar possíveis alternativas, que incluem a entrega de comida ao domicílio, dinheiro ou vales de alimentação”, disse.

Byrs apelou por outro lado aos governos que incluem nos programas de emergência de combate ao novo coronavírus medidas para assegurar a alimentação dos mais vulneráveis.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), até terça-feira mais de 850 milhões de crianças e jovens em todo o mundo, quase metade da população escolar mundial, estavam sem aulas devido às medidas de contenção para travar a propagação do novo coronavírus.

Até esse dia, 102 países tinham todos os estabelecimentos de ensino encerrados a nível nacional e outros 11 países tinham encerramentos parciais, em zonas específicas dos respetivos territórios.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por 182 países e territórios, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pandemia alastra em Portugal e no mundo

Ao todo, já morreram em todo o mundo 10.049 pessoas e há 246.522 casos contabilizados. Apenas um terço recuperou (88.486).

Itália superou a China esta quinta-feira no número de mortes por coronavírus, com 427 novos óbitos em 24 horas, o que levou a um total de 3.405, segundo dados oficiais do governo italiano.

Assim, Itália (3.405) tornou-se o país com mais mortes por COVID-19, à frente da China (3.245), Irão (1.284) e Espanha (1.002).

A doença parece estar a infetar as pessoas a um ritmo mais rápido: os primeiros 100.000 casos demoraram três meses a aparecer, mas os segundos surgiram num intervalo de apenas 12 dias, adverte a Organização Mundial de Saúde que alerta para a rápida propagação da pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta sexta-feira a existência de seis mortes e 1.020 casos de COVID-19

O número total de infetados cresceu 235 em relação a ontem, uma subida que representa um aumento de 30% em relação aos dados de quinta-feira.

De acordo com o boletim diário da Direção-geral da Saúde (DGS), registaram-se até ao momento 1.020 casos confirmados de COVID-19 em Portugal, 850 aguardam resultado laboratorial, 5 recuperados e 9008 em vigilância pelas autoridades.

Devido à pandemia, foram vários os Estados-membros da UE que adotaram medidas para promover o isolamento social, tentando assim conter o surto. Portugal incluído.

A doença já se alargou a 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar a situação como de pandemia.

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