As viagens para Cabo Verde dos cidadãos norte-americanos tinham aviso vermelho, o nível 4, de “não viajar”, emitido pelo Departamento de Estado em 07 de agosto, conforme informação consultada pela Lusa, tendo passado à classificação de nível 3, de “reconsiderar a viagem”, devido à COVID-19, em 18 de agosto.
“A pandemia apresenta riscos sem precedentes e os alertas do Departamento de Estado levam em consideração os dados mais recentes sobre os riscos relacionados com a COVID-19. Dadas as atuais condições globais, a maioria dos países ao redor do mundo está atualmente no nível 3 ou no nível 4″, lê-se no aviso do Departamento de Estado norte-americano.
Há quatro níveis de aconselhamento de viagens emitidos pelas autoridades norte-americanas, sendo que o 1 e 2 não desaconselham a sua realização.
Em relação a Cabo Verde, a informação refere que o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano emitiu um nível 3 de alerta sanitário para o arquipélago, devido à pandemia.
Nos Estados Unidos reside a maior comunidade emigrante cabo-verdiana, estimada em mais de 200.000 pessoas.
Cabo Verde suspendeu desde 19 de março os voos internacionais, para conter a pandemia de COVID-19. A proibição mantém-se, mas os governos de Portugal e Cabo Verde acertaram a realização de corredores aéreos entre Lisboa e Praia e Mindelo, para “voos essenciais”, implementados desde 01 de agosto com a condição de realização de testes de virologia à COVID-19 nos dois sentidos.
Cabo Verde contava até 19 de agosto com um acumulado de 3.321 casos de COVID-19 diagnosticados, que provocaram 36 mortes.
De acordo com dados revelados pelo diretor nacional de Saúde de Cabo Verde, Artur Correia, a Praia, capital do país, continua a ser o “principal foco de transmissão” da doença, registando à volta de 190 casos semanais nas últimas três semanas.
Cabo Verde contabilizou uma média de 263 casos semanais de COVID-19 nas últimas sete semanas, uma descida face ao “pico” de 341 infetados há oito semanas.
Cinco meses após a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no arquipélago (19 de março), as autoridades de saúde cabo-verdianas já realizaram 45.778 testes rápidos e cerca de 30.000 de PCR.
“Os dados dos testes feitos em Cabo Verde colocam o nosso país como o segundo que país que mais faz testes por um milhão de habitantes a nível do continente africano e na posição 48 em relação a todos os países do mundo”, destacou Artur Correia.
A pandemia de COVID-19 já provocou pelo menos 781.194 mortos e infetou mais de 22,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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