Os testes que o Governo espanhol queria usar em larga escala foram comprados à empresa chinesa Bioesasy, mas têm uma sensibilidade de 30%, quando deviam ter mais de 80%.
Segundo o jornal espanhol El País, citando uma fonte anónima que participou no processo, os resultados preliminares dos ensaios foram desencorajadores. "Não detetaram os casos positivos como seria de esperar", lê-se ainda.
Um responsável do Ministério da Saúde de Espanha considerou ontem em que a evolução de casos verificada nos últimos dias indica que o país está “muito perto" do pico da pandemia. "É difícil saber o momento exato em que nos encontramos com os dados que temos. Neste momento, com a evolução do aumento dos casos, se ainda não estamos no auge, estamos muito perto", sublinhou o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias, Fernando Simón.
O responsável do Ministério da Saúde insistiu que o aumento diário das mortes se estabilizou: "O que implica que não estamos longe desse pico nacional", disse.
Fernando Simón defendeu que as tendências observadas indicam que Espanha não está a andar para trás, mas sim a aproximar-se do pico (ponto mais alto) da curva epidémica e que quando o número de novos casos começar a descer é necessário continuar com as medidas e manter "a tensão durante mais tempo", para acabar com a covid-19.
O número de mortos em Espanha devido à pandemia de covid-19 ultrapassou ontem o da China continental, com um total de 3.434 vítimas mortais, segundo a atualização diária feita pelas autoridades de saúde do país.
De acordo com os números do Ministério da Saúde, Espanha registou 738 mortos em 24 horas e um aumento de 7.937 no número de infetados com o novo coronavírus.
Desde o início da pandemia, o país teve um total de 47.610 casos de covid-19, dos quais 3.434 morreram e 5.367 tiveram alta e são considerados como curados.
Na totalidade do país, há 26.960 pessoas hospitalizadas, das quais 3.166 em unidades de cuidados intensivos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 226.000 casos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira.
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