Portugal regista esta terça-feira mais 2.650 casos de COVID-19 e nove óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 17.173 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 912.406 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 3.490 casos de recuperação. Ao todo há 850.034 doentes recuperados da doença em Portugal desde março de 2020.

A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.141 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, com 43,1% do total de diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.314 (+6), seguida do Norte com 5.377 óbitos (+1), Centro (3.032, =) e Alentejo (976, +2). Pelo menos 370 (=) mortos foram registadas no Algarve. Há 34 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 70 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos a subir

Em todo o território nacional, há 742 doentes internados, mais 13 do que ontem, e 161 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos dois do que na segunda-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 45.199 casos ativos da infeção em Portugal — menos 849 que ontem — e 76.360 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 1.461 que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
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A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 356.234 (+1.141), seguida da região Norte (354.877, +939), da região Centro (124.951, +276), do Alentejo (31.878, +50) e do Algarve (27.764, +220).

Nos Açores existem 6.598 casos contabilizados (+8) e na Madeira 10.104 (+16).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 315,6 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,16.

No território continental, o R(t) está nos 1,16. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco da DGS
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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.258 (+1) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.675, +5), entre 60 e 69 anos (1.548, +2) entre 50 e 59 anos (475, =), 40 e 49 anos (156, =) e entre 30 e 39 anos (45, +1). Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e duas entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.020 são do sexo masculino e 8.153 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 151.440 casos (+434), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 136.673 infeções (+737), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 133.626 (+466). Logo depois surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 131.893 casos (+223) infeções reportadas. A faixa etária entre os 60 e os 69 anos soma 89.965 (+131) e entre os 10 e os 19 anos tem 87.888 (+321) casos.

Desde o início da pandemia, houve 417.031 homens infetados e 494.799 mulheres, sendo que se desconhece o género de 576 pessoas.

Vídeo - Como ocorrem as mutações de um vírus e porquê?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Portugal entre os países mais afetados

Portugal passou na última semana de segundo para quarto país da União Europeia (UE) com mais novos casos diários de infeção por SARS-CoV-2 por milhão de habitantes, apesar de ter subido neste indicador. Nos dados do 'site' estatístico Our World in Data, Portugal tem uma média de 268 novos casos diários por milhão de habitantes, enquanto Chipre apresenta uma média de 1.012, Países Baixos de 386 e Espanha de 319.

Os países da UE com menos novos casos continuam mais a leste: Polónia com 2,1, Roménia com 2,2, Hungria (4,1) e Eslováquia (5,6).

Embora não esteja na União Europeia, o Reino Unido surge entre os países do continente europeu com os números mais elevados e uma média de novos casos a sete dias de 477 por milhão de habitantes.

Entre os países do resto do mundo com mais de um milhão de habitantes, Portugal subiu do 20.º para o 15.º lugar numa lista encabeçada por Chipre, Tunísia (661 novos casos), Mongólia (597,83),  Namíbia (550,53), Reino Unido (477) e Cuba (474).

A média de novos casos nos últimos sete dias na União Europeia situa-se em 83, mais do dobro da média de 39 da semana passada e no mundo em 56,45, quando na semana passada era 49.

Quanto a média diária de mortes atribuídas à covid-19 por milhão de habitantes nos últimos sete dias, Portugal é o terceiro país da lista de países da União Europeia, com uma média de 0,66, superior às 0,39 registadas no início da semana passada.

Acima de Portugal estão Roménia, com uma média diária de novas mortes de 1,83, e Grécia, com uma média de 0,77.

No resto do mundo, Namíbia (20), Tunísia (12,23), Colômbia (10,86) e Paraguai (10,36) são os países com mais de um milhão de habitantes em pior situação.

Em termos de vacinação, em números atualizados no domingo no Our World in Data, Portugal tem 42 por cento da população completamente vacinada, um pouco acima da média de 39,6% da União Europeia.

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