Portugal regista esta sexta-feira mais 430 casos de COVID-19 e nenhum óbito associado à doença, segundo o último relatório diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 17.029 pessoas com a doença em Portugal e foram identificados 851.461 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

Hoje registaram-se também 300 casos de recuperação. Ao todo há 810.959 doentes recuperados da doença em território nacional desde março de 2020.

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A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 217 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, com 50,5% do total de diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.214 (=), seguida do Norte com 5.356 óbitos (=), Centro (3.023, =) e Alentejo (971, =). Pelo menos 363 (=) mortos foram registadas no Algarve.

Há 33 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 69 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 267 doentes internados, mais 13 do que ontem, e 53 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais um do que na quinta-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 23.473 casos ativos da infeção em Portugal — mais 130 que ontem — e 25.161 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 232 que no dia anterior.
Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 341.109 (+132), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (322.431, +217), da região Centro (120.029, +20), do Alentejo (30.252, +16) e do Algarve (22.377, +11).

Nos Açores existem 5.520 casos contabilizados (+26) e na Madeira 9.743 (+8).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 69,8 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - uma subida face aos 66,4 de quarta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,08 (superior ao valor de há dois dias).

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,10. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco da DGS
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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.186 (=) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.630, =), entre 60 e 69 anos (1.533, =), entre 50 e 59 anos (465, =), 40 e 49 anos (155, =) e entre 30 e 39 anos (44, =). Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e duas entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 8.944 são do sexo masculino e 8.085 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 141.405 casos, seguida da faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 126.144 casos, e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 122.690. Logo depois surge a faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 122.356 (+133).

Desde o início da pandemia, houve 387.028 homens infetados e 464.053 mulheres, sendo que se desconhece o género de 380 pessoas.

Vídeo - Coronavírus: como passou de animais para humanos?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Último balanço mundial da AFP

A pandemia de COVID-19 matou, até hoje, pelo menos 3.704.003 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias francesa AFP a partir de fontes oficiais. Mais de 172.071.490 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

Na quinta-feira, 10.595 novas mortes e 487.550 novos casos foram registados em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novos óbitos em seus mais recentes levantamentos são Índia com 2.713 mortes, Brasil (1.682) e Estados Unidos (589).

Os Estados Unidos foram o país mais afetado desde o início da pandemia, tanto em mortes quanto em casos, com 596.434 mortes em 33.326.410 casos, de acordo o levantamento mais recente realizado pela Universidade Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 469.388 mortes e 16.803.472 casos, a Índia com 340.702 óbitos (28.574.350 casos), o México com 228.362 mortes (2.426.822 casos) e o Peru com 185.380 óbitos (1.968.393 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 562 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Hungria (308), Bósnia-Herzegovina (284), República Checa (281) e Macedónia do Norte (261).

A Europa totalizou hoje 1.139.837 mortes em 53.127.297 casos, a América Latina e Caribe 1.170.650 mortes para 33.580.797 casos, os Estados Unidos e Canadá 622.063 mortes (34.712.854 casos), a Ásia 494.808 mortes (37.028.726 casos), o Médio Oriente 144.023 mortes (8.688.851 casos), a África 131.520 mortes (4.883.779 casos) e a Oceania 1.102 mortes (49.188 casos).

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