Na sua página na rede social Facebook, este organismo — encarregue da aquisição de medicamentos e de equipamentos médicos à escala nacional — anunciou “a chegada do primeiro lote de vacinas AstraZeneca-Oxford no domingo, 31 de janeiro de 2021″, sem contudo precisar o número de doses aguardadas.

O presidente do conselho de administração da autoridade de aprovisionamento médico, Bahaa Edin Zeidane, tinha indicado na semana passada à imprensa local a realização de uma encomenda de 20 milhões de doses às “empresas Serum Institute e R-Pharma”, que produzem a vacina.

O Egito é o país mais populoso do mundo árabe, com cerca de 100 milhões de habitantes, e começou no passado dia 24 de janeiro a vacinar as suas equipas médicas contra o novo coronavírus, com a vacina da farmacêutica estatal chinesa Sinopharm.

Na passada sexta-feira, a ministra da Saúde do Egito, Hala Zayed, anunciou em comunicado que 1.315 profissionais de saúde tinham já recebido a primeira dose da vacina.

Após os profissionais de saúde, a prioridade na vacinação será dada aos idosos e, depois, aos portadores de doenças crónicas.

O Cairo recebeu em dezembro os primeiros lotes de vacinas da Sinopharm, que o laboratório chinês indica ter uma eficácia de 79%.

Após se ter inicialmente destacado pela rapidez com que desenvolveu uma vacina para a covid-19, o laboratório AstraZeneca tem sido agora alvo de críticas pelos atrasos no fornecimento das doses contratadas com a União Europeia.

A fiabilidade desta vacina nos grupos acima dos 65 anos está também atualmente a ser questionada pela Alemanha.

O Egito registou oficialmente perto de 165.000 casos de covid-19, dos quais mais de 9.200 resultaram em mortes. Contudo, segundo os responsáveis locais da área da saúde, esta taxa de infeção é largamente inferior ao efetivo número de contaminações.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.