“A Unilabs detetou, e já notificou as autoridades, a presença de dois casos da variante B.1.1.28 (variante brasileira do vírus SARS-CoV-2)”, disse a fonte oficial da Unilabs Portugal.

“Os casos foram detetados na região da Grande Lisboa através de sondas especificas de RT-PCR em amostras de dois indivíduos positivos”, acrescentou.

Os casos, disse ainda a fonte, foram comunicados à Direção-Geral da Saúde (DGS), e as amostras foram enviadas para o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) “para o seguimento epidemiológico e laboratorial adequado”.

O laboratório, referiu a fonte, tem vindo a colaborar com o INSA e com a DGS disponibilizando dados em tempo real através da plataforma de “Data Intelligence” relativamente à variante inglesa.

O INSA confirmou entretanto em comunicado enviado à Lusa “a receção de duas amostras suspeitas de estarem associados à variante genética do SARS-CoV-2 primeiramente detetada no Brasil”.

O INSA acrescenta que as amostras serão agora analisadas, de forma a concluir se se tratam de facto de casos de covid-19 associados a esta variante.

A Direção-Geral de Saúde também refere que “assim que são identificadas variantes que suscitam reforço de monitorização são contactadas as autoridades de saúde, de forma a confirmar que o caso está isolado e que todos os contactos estão identificados e em isolamento profilático”.

Nos casos de covid-19 em Portugal há uma “progressão da proporção de casos confirmados com a nova variante" associada ao Reino Unido, que tem "maior foco" na região de Lisboa e Vale do Tejo, disse na terça-feira um especialista da DGS, André Peralta.

A variante detetada no Brasil ainda não tinha sido noticiada em Portugal. Especialistas brasileiros sugerem que a variante é mais transmissível.

A Unilabs tem uma rede de mais de 1.000 unidades de atendimento em análises clínicas e outras valências. O grupo Unilabs foi criado em 1987 na Suíça e está em Portugal desde 2006.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 14.718 pessoas dos 774.889 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.