“Se vier a verificar-se que a sua eficácia é na ordem dos 90%, tenho a dizer que será das melhores vacinas que teremos, porque as que utilizamos atualmente nem todas têm essa eficácia. Esperemos que sim, que os ensaios se venham a concretizar”, disse Graça Freitas, na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à covid-19.

A diretora-geral da Saúde foi questionada sobre o anúncio da farmacêutica Pfizer, que revelou que dados provisórios sobre a vacina contra o novo coronavírus indicam que pode ser eficaz em 90% dos casos e que este mês pedirá o uso em situações de emergência nos Estados Unidos.

O anúncio de hoje não significa, contudo, que uma vacina está iminente. A análise provisória, de um conselho independente de monitorização dos dados, verificou 94 infeções registadas até agora num estudo que envolveu quase 44.000 pessoas nos EUA e em cinco outros países.

A Pfizer não forneceu mais detalhes sobre estes casos e alertou que a taxa de proteção inicial pode mudar até o final do estudo.

Graça Freitas disse ainda que Portugal está nos mecanismos de aquisição para esta vacina.

“Portugal está nos mecanismos europeus para aquisição de vários tipos de vacina e de várias marcas. Esta que hoje anunciou estes resultados é uma daquelas que o nosso país tem previsto adquirir”, precisou.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.255.803 mortos em mais de 50,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.959 pessoas dos 183.420 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.