A deliberação do Conselho de Administração do CHUC prevê exceções, sendo que no Hospital Pediátrico de Coimbra o utente "manterá o acompanhante de referência, não podendo receber mais visitantes", e "as grávidas ou parturientes internadas poderão ter um visitante", refere o comunicado enviado à agência Lusa.
"Durante o período de restrição de visitas, o enfermeiro de acolhimento informa o utente internado para contactar telefonicamente os familiares ou, na impossibilidade de o utente o fazer, as equipas médicas e de enfermagem transmitirão informação, de forma regular, ao contacto significativo ou acompanhante de referência previamente indicado", explica o hospital.
Na nota, o Conselho de Administração apela à compreensão de todos para esta "imprescindível medida preventiva", salientando que o CHUC vai procurar "minimizar o impacto desta medida de caráter temporário, através da divulgação tempestiva de informação pertinente".
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia, uma decisão que justificou com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados. Até ao momento, as escolas portuguesas mantêm-se abertas, exceto aquelas encerradas de forma casuística por ligação a casos confirmados ou casos suspeitos.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas. Ordenou também a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias. Um pouco por todo o país, centenas de eventos têm sido cancelados num esforço conjunto para travar a propagação do COVID-19.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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