“Temos uma prioridade central, que já transmitimos ao Governo, que é assegurar os materiais de autoproteção para as equipas que estão na linha da frente”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, indicando que “há dificuldades em algumas áreas”, nomeadamente no que respeita às máscaras.

À margem de iniciativa de apoio social a idosos, que decorreu na freguesia lisboeta de Benfica, Fernando Medina defendeu que é preciso estabelecer um quadro de orientações quanto à utilização das máscaras.

Questionado sobre o que está previsto nos planos de contingência para a COVID-19 nos setores essenciais para o funcionamento da cidade, nomeadamente recolha do lixo, proteção civil e bombeiros, o autarca disse que foram adotadas medidas de organização das equipas de trabalho, “dividindo as equipas ou desfasando horários, de forma a proteger melhor as equipas que estão em operação”.

“Vai ser introduzido o sistema de medição da temperatura à entrada, em todos os postos de trabalho da Câmara e das Juntas de Freguesia”, avançou Fernando Medina, referindo que vai também ser feita a desinfeção regular dos vários postos de trabalho.

Assim, as autarquias da capital estão a criar “um sistema para que tudo possa funcionar”, acautelando a segurança dos trabalhadores, “para reduzir riscos e para melhorar as condições de trabalho”.

“Ninguém imagina uma cidade sem um sistema de recolha [de resíduos] a funcionar”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, assegurando que as autarquias lisboetas têm estado “muito empenhadas”, nas últimas semanas, em organizar as equipas de trabalho dos setores essenciais para o funcionamento da cidade, e “agindo com precaução, com providência, porque vão ser meses muito duros”.

Dirigindo “uma grande palavra de agradecimento e de reconhecimento” aos trabalhadores, assim como aos profissionais do Sistema Nacional de Saúde (SNS), Fernando Medina destacou o “trabalho incrível” dos funcionários da Câmara de Lisboa, dos municípios da Área Metropolitana de Lisboa e das Juntas de Freguesia.

“Estão a fazer um trabalho incrível, porque eles não estão a ir para casa, a tarefa deles não pode ser feita por teletrabalho e a tarefa deles tem que ser feita”, reforçou o autarca de Lisboa.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

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