Estas restrições, válidas por um mês, abrangem todos os passageiros de voos provenientes do Espaço Económico Europeu (União Europeia, Reino Unido, Islândia, Noruega e Suíça), China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Malásia, que não tenham residência no Brasil ou uma justificação profissional ou familiar para entrar no país, refere-se no decreto do Governo brasileiro.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

O Ministério da Justiça, entidade governamental que emitiu o decreto, não explicou até agora porque é que esta restrição não se aplicava aos Estados Unidos, país onde mais de 10.000 casos e 153 mortes foram confirmados.
Brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, por outro lado, podem circular livremente.

De acordo com o mesmo decreto, também será permitida a entrada no território de pessoas pertencentes a organizações internacionais que pretendam realizar uma missão no Brasil ou de pessoas devidamente autorizadas pelo Governo de Brasília.

Na manhã de quinta-feira, o Brasil já tinha decidido a proibição de entrada por terra de nacionais da Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru e Suriname.

O Uruguai, outro país fronteiriço com o Brasil, será objeto de uma decisão posterior. O Presidente Jair Bolsonaro já tinha também ordenado na terça-feira o encerramento da fronteira com a Venezuela.

O Brasil, com uma população de 210 milhões, registou até agora seis mortes e tem 621 casos confirmados de infeção por Covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 179 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

A doença parece estar a infetar as pessoas a um ritmo mais rápido: os primeiros 100.000 casos demoraram três meses a aparecer, mas os segundos surgiram num intervalo de apenas 12 dias, adverte a Organização Mundial de Saúde que alerta para a rápida propagação da pandemia.

Devido à pandemia, foram vários os Estados-membros da UE que adotaram medidas para promover o isolamento social, tentando assim conter o surto. Portugal incluído.

A doença já se alargou a 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar a situação como de pandemia.

Casos continuam a aumentar em Portugal

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou ontem o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

Dos casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo.

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