Em relação ao número de infeções, o país sul-americano registou 56.873 novos casos nas últimas 24 horas, totalizando 9.396.293 diagnósticos positivos, segundo o último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde brasileiro.

O Brasil, país lusófono mais afetados pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, tem uma taxa de letalidade de 2,4% e uma taxa de incidência de 109 mortes e 4.471 casos por 100 mil habitantes.

Geograficamente, São Paulo lidera a lista de Estados com maior número de casos registados (1.820.941), sendo seguido por Minas Gerais (756.971), Bahia (599.435) e Santa Catarina (587.428).

Já as unidades federativas onde mais brasileiros morreram são São Paulo (53.997), Rio de Janeiro (30.354), Minas Gerais (15.499) e Rio Grande do Sul (10.881).

No total, 8.291.763 cidadãos já recuperaram da covid-19 no Brasil, sendo o terceiro país do mundo com maior número de recuperações, atrás dos Estados Unidos e da Índia. Por outro lado, 875.735 pacientes infetados permanecem sob acompanhamento médico na nação sul-americana.

O Ministério da Saúde brasileiro informou que o primeiro lote de matéria prima para a fabricação nacional da vacina contra a covid-19 da universidade de Oxford e do laboratório Astrazeneca deverá chegar ao país na tarde do próximo sábado.

O imunizante será produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma da principais instituições científicas de toda a América Latina.

Em causa está a chegada ao Brasil do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), fabricado na China e que deveria ter sido entregue ainda em janeiro.

Segundo a Fiocruz, até ao final de fevereiro está previsto o recebimento de matéria prima para a produção de 15 milhões de doses do imunizante Oxford/Astrazeneca.

A previsão final é que serão produzidas em solo brasileiro 100 milhões de doses dessa vacina até ao fim de julho deste ano.

No momento em que o Brasil enfrenta uma segunda vaga da pandemia, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, começou a prestar depoimento à Polícia Federal, em Brasília, no inquérito que investiga a conduta do governante na grave crise de saúde do Amazonas.

O conteúdo do depoimento encontra-se sob sigilo.

O inquérito foi aberto por determinação do juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, após um pedido da Procuradoria-Geral da República.

Na denúncia enviada ao STF, a Procuradoria-Geral da República indicou que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas, Manaus, ainda em dezembro, mas só enviou representantes à região em janeiro deste ano, ocasião em que morreram dezenas de pessoas asfixiadas por falta de oxigénio nos hospitais.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.269.346 mortos resultantes de mais de 104,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.