Catarina Martins reuniu-se hoje com a Associação de Profissionais de Educação de Infância, na sede do BE, em Lisboa, tendo no final, em conferência de imprensa, anunciado esta proposta, que já foi formalmente apresentada ao Governo da semana passada e que os bloquistas vão levar ao parlamento.
“Se todos os pais colocassem neste momento as suas crianças nas creches, as creches não iam conseguir cumprir as orientações da Direção-Geral da Saúde de terem grupos mais pequenos e mais afastamento entre as crianças porque as creches estão lotadas. Do nosso ponto de vista é muito importante que no dia 01 de junho não acabe o apoio de acompanhamento à família”, defendeu.
De acordo com a líder do BE, “as creches já reabriram, mas as famílias podem optar entre colocar a criança na creche ou permanecer o pai ou a mãe, recebendo o apoio à família para acompanhar”.
“No dia 01 de junho o Governo pretende acabar com este apoio para as crianças que estão na creche. Do nosso ponto de vista é um erro”, afirmou.
Segundo Catarina Martins, este apoio “deve permanecer” para que as famílias possam “optar entre colocar a criança na creche ou ficar alguém, com o apoio do acompanhamento à família, em casa”.
“É a única maneira de garantir que as creches têm menos ocupação e, portanto, podem cumprir as orientações da DGS e com isso terem grupos mais pequenos, mais afastamento entre as crianças”, explicou.
Apesar do BE ir levar esta proposta de prolongamento ao parlamento, tendo em conta os prazos de debate e votação, “para ela estar eficaz no dia 01 de junho mandava a prudência que o Governo o fizesse por portaria rapidamente”, desafiou a dirigente bloquista.
Para a coordenadora do BE, a pandemia de COVID-19 deixou evidente o problema da falta de vagas nas creches.
“A taxa de cobertura da resposta de creches dos zero aos três anos é apenas de cerca 50%, o que quer dizer que as creches estão, na sua maioria, em lotação máxima”, referiu.
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