“A Comissão registou hoje 7,4 mil milhões de euros, equivalentes a 8 mil milhões de dólares, em promessas de doadores de todo o mundo durante o evento de promessas de contribuições”, anunciou o executivo comunitário à imprensa, dando conta dos resultados alcançados neste dia da videoconferência de dadores, três horas depois do seu início.

De acordo com Bruxelas, este valor “quase atinge o objetivo inicial de 7,5 mil milhões de euros e constitui um sólido ponto de partida para a maratona mundial de promessas de doação”, hoje iniciada.

O objetivo final é “reunir um financiamento significativo para assegurar o desenvolvimento em cooperação e a disponibilização universal de diagnósticos, tratamentos e vacinas contra os coronavírus”, recorda a Comissão Europeia.

Esta verba dos 7,4 mil milhões de euros foi atingida cerca de três horas depois do inicio da videoconferência de dadores, que arrancou pelas 15:00 de Bruxelas (14:00 em Lisboa), segundo os dados divulgados pelo executivo comunitário no portal da Internet criado para publicar as promessas de contribuições.

“O mundo mostrou hoje uma unidade extraordinária para o bem comum. Governos e organizações mundiais de saúde uniram forças contra o novo coronavírus e, com este empenho, estamos no bom caminho para desenvolver, produzir e criar uma vacina para todos”, comentou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em comunicado.

Logo duas horas depois do arranque do evento ‘online’ já tinham sido conseguidos 5,4 mil milhões em compromissos de doações, o que já incluía a contribuição portuguesa (pública e privada), de 10 milhões de euros, anunciada esta manhã pelo primeiro-ministro, António Costa.

Numa iniciativa marcada pela ausência dos Estados Unidos, além dos contributos da generalidade dos países europeus, registam-se doações do Canadá (551 milhões de euros), Japão (762 milhões), Arábia Saudita (457 milhões) e Austrália (200 milhões), entre outros. A China, país onde começou a pandemia, doou 45 milhões de euros.

Entre os Estados-membros da UE, destacam-se os contributos da Alemanha (525 milhões) e França (510 milhões), e entre os países que não fazem parte da União, os de Reino Unido (441 milhões) e Noruega (188 milhões).

A Comissão Europeia anunciou, por seu lado, uma contribuição de mil milhões de euros.

Esta ‘maratona’ mundial de angariação de fundos surge após a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras organizações mundiais que operam no setor da saúde terem lançado um apelo conjunto à mobilização para desenvolver um acesso rápido e equitativo a instrumentos de diagnóstico, terapias e vacinas contra o novo coronavírus que sejam seguros, de qualidade, eficazes e a preços acessíveis.

Países, organizações e empresas de todo o mundo são, então, convidados a participar nesta campanha, organizada pela Comissão Europeia e pelos seus parceiros.

A nível global, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 247 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

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