Portugal regista esta quinta-feira mais 5.137 casos de COVID-19 e 19 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 18.717 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.211.130 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 3.406 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.122.741 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 37% dos diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.901 (+6), seguida do Norte com 5.717 óbitos (+5), Centro (3.307, +4) e Alentejo (1.075, +2). Pelo menos 553 (=) mortos foram registados no Algarve. Há 115 mortes (+2) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 49 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 952 doentes internados, menos 15 do que ontem, e 158 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais oito do que no dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 69.672 casos ativos da infeção em Portugal — mais 1.712 do que ontem — e 95.430 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 2.810 do que no dia anterior.

COVID-19: 19 mortos, 5.137 infetados e 3.406 recuperados. Internamentos a descer
COVID-19: 19 mortos, 5.137 infetados e 3.406 recuperados. Internamentos a descer créditos: Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 461.180 (+1.902), seguida da região Norte (451.292 +1.512), da região Centro (174.133, +1.027), do Algarve (53.390, +381) e do Alentejo (44.106 +143). Nos Açores existem 10.534 casos contabilizados (+34) e na Madeira 16.495 (+138).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 508,8 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e mantém um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,08. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,08. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco 15 dezembro 2021
Matriz de risco 15 dezembro 2021

Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.170 registadas (+14) desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.040, +2), entre 60 e 69 anos (1.711, +1) entre 50 e 59 anos (540, +1), 40 e 49 anos (189, =) e entre 30 e 39 anos (48, +1). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.820 são do sexo masculino e 8.897 do feminino.

A faixa etária entre os 40 aos 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 194.803 (+814), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 194.792 infeções (+866), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 178.066 (+810). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 164.088 reportadas (+656). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 129.507 (+596), entre os 60 e os 69 anos soma 113.193 (+461) e a dos 0-9 anos com totaliza 83.691 (+639). Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos com 80.729 (+92) infeções reportadas desde o início da pandemia.

Desde o início da pandemia, houve 565.103 homens infetados e 645.187 mulheres, sendo que se desconhece o género de 840 pessoas.

Portugal ultrapassou os 23 milhões de testes desde o início da pandemia

Portugal ultrapassou esta semana os 23 milhões de testes à COVID-19 realizados desde o início da pandemia, revelou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo o INSA, na terça-feira (dia 14) o país atingiu um total de 23.124.747 testes à COVID-19, depois de ter ultrapassado em oito dias a marca de um milhão de testes, excluindo os autotestes.

No total, foram realizados desde o início da pandemia 15,7 milhões de testes TAAN/PCR e cerca de 7,4 milhões de Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) de uso profissional.

“Entre 1 e 14 de dezembro, realizaram-se mais de 1,7 milhões de testes de diagnóstico à COVID-19, com uma média diária superior a 123 mil testes. Destes, perto de 600 mil foram TAAN/PCR e mais de 1,1 milhões foram TRAg de uso profissional”, informa o INSA, em comunicado.

Desde o início do mês, Portugal registou números de testagem diária superiores a 100 mil testes em 10 dos 14 dias já contabilizados, sendo o dia 10 de dezembro aquele em que, até à data, mais testes foram realizados: 197.718.

Os testes rápidos de antigénio efetuados nos laboratórios e farmácias aderentes ao regime excecional de comparticipação voltaram a ser gratuitos a partir de 19 de novembro, uma medida que abrange toda a população e inclui a realização de quatro testes gratuitos por mês a cada pessoa.

Este regime vigora, pelo menos, até final do ano.

A reativação do regime excecional e temporário de comparticipação visou “contribuir para a deteção e isolamento precoce de casos, prevenir e mitigar o impacto da infeção por SARS-CoV-2 nos serviços de saúde e nas populações vulneráveis, assim como reduzir e controlar a transmissão da infeção (…) e monitorizar a evolução epidemiológica da COVID-19”, explica o INSA.

Vídeo - Como fazer uma máscara em casa?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

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