5 de julho de 2013 - 14h17

O coronavírus, que causa uma doença respiratória semelhante à Síndrome Respiratória Aguda Grave, ainda não tem capacidade de desencadear uma pandemia, mas é necessário mantê-lo sob vigilância no caso de mutação, refere um estudo da revista Lancet.

O estudo foi feito por investigadores do Instituo Pasteur de Paris, que analisaram 55 casos de coronavírus, registados em países do Médio Oriente.

Os investigadores verificaram, durante a investigação, que é muito difícil o vírus espalhar-se entre os humanos.

Este grupo viral, que pode afetar diferentes órgãos e provocar pneumonia e falhas renais, pode estar em mutação, o que, de acordo com os investigadores, irá ao longo do tempo constituir uma ameaça.

Até ao momento, há registo de 77 casos de infeção por coronavírus e de 41 mortes, mas a fonte da maioria das infeções tem origem animal, embora haja registo de casos de contágio entre humanos.

“O vírus, na sua forma atual, não pode dar lugar a uma epidemia”, afirmou o professor Arnaud Fontanet, em declarações à cadeia de televisão britânica BBC.

O investigador referiu que esta é a melhor altura para identificar o vírus animal, para tentar impedir a sua propagação.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, sigla em inglês) atingiu mais de 30 países e causou cerca de 800 mortes em 2002 e 2003.

De acordo com Arnaud Fontanet, “a adaptação da SARS aos humanos demorou vários meses, mas a síndrome respiratória coronavíruos do Médio Oriente já circula há mais de um ano entre a população humana sem se transformar em pandemia”.

Lusa