22 de novembro de 2013 - 10h38
Pessoas que consomem regularmente oleaginosas como nozes, amêndoas e avelãs têm tendência a viver mais, segundo um estudo feito norte-americano, divulgado na publicação científica New England Journal of Medicine. 
A investigação indica que os mais beneficiados são aqueles que consomem diariamente uma porção – com uma queda de 20% na taxa de mortalidade durante o período de 30 anos da investigação, em comparação com outras pessoas que não consumiram as frutas secas.
Os cientistas admitem que apesar de as pessoas que consumem regularmente essas oleaginosas terem, em geral, um estilo de vida mais saudável, o consumo em si também contribui para uma vida mais longa.
Porém, segundo a British Heart Foundation, uma organização não-governamental britânica que faz campanhas de conscientização sobre doenças cardíacas, mais estudos são necessários para comprovar a relação entre longevidade e o consumo dessas frutas secas.
O estudo acompanhou cerca de 120 mil pessoas ao longo das três décadas e concluiu que quanto mais regular era o consumo das oleaginosas menos provável seria a morte prematura.
Aqueles que consomem essas frutas uma vez por semana mostraram ser 11% menos propensos a morrer durante a investigação do que aqueles que nunca as comiam.
O consumo de até quatro porções semanais foi associado a uma redução de 13% no número de mortes e o consumo de um punhado de oleaginosas por dia reduziu em um quinto a taxa de mortalidade durante o estudo.
O principal responsável pela pesquisa, Charles Fuchs, do Dana-Farber Cancer Institute nos Estados Unidos, explicou que "o benefício mais óbvio foi a redução de 29% de mortes por doença cardíaca, mas nós vimos também uma redução significativa, de 11%, no risco de morte por cancro", cita a BBC.
"As frutas oleaginosas contêm gorduras insaturadas, proteínas e uma variedade de vitaminas e minerais, e são ótimas substitutas para barras de chocolate, bolos e biscoitos na hora do lanche", salienta Victoria Taylor, nutricionista da Fundação Britânica do Coração.
O estudo foi financiado pelo National Institutes of Health e pelo International Tree Nut Council Nutrition Research & Education Foundation, ambos dos Estados Unidos.
Lusa