A iniciativa decorre no dia 2 de julho, no Hospital Lusíadas Porto, e conta com a participação de 100 especialistas e de um doente para contar a história na primeira pessoa.

O peito escavado ou pectus excavatum é uma doença que afeta uma em cada 500 pessoas e é caracterizada por uma deformação das costelas e do esterno, formando uma depressão, sendo quatro vezes mais frequente no sexo masculino.

Estes doentes apresentam geralmente uma postura alterada com consequências que podem incluir intolerância ao exercício físico, dor torácica, falta de ar e ainda repercussões psicossociais.

"A técnica de Nuss, popularizada com o nome do especialista, revolucionou o tratamento da doença em 1997 e é atualmente a cirurgia de eleição, uma vez que permite a correção cirúrgica do Pectus Excavatum sem cicatriz visível. É uma técnica minimamente invasiva que não exige incisão nem remoção de cartilagens ou do esterno", revela Tiago Henriques Coelho, cirurgião pediátrico no Hospital Lusíadas Porto.

E acrescenta: "Este será um evento de grande aprendizagem e partilha de conhecimentos, no qual vão participar especialistas das áreas de Cirurgia Pediátrica, Anestesia, Cardiologia, Dermatologia, Genética, Medicina Física, Pediatria, Pneumologia, Radiologia e Ortopedia. Contaremos ainda com a visão da Enfermagem e com a perspetiva de um doente que foi submetido a esta técnica".

O norte-americano Donald Nuss é atualmente professor emérito do Children's Hospital of The King's Daughters, em Norfolk, Vírginia. A sua abordagem no tratamento do peito escavado foi popularizada em todo o mundo e tornou-se a técnica de eleição para o tratamento cirúrgico desta doença.

Desde a publicação dos seus resultados, Donald Nuss já operou mais de mil doentes e ensinou cirurgiões de todo o mundo.