Investigadores das Clínicas Amen, nos Estados Unidos, compararam 46.034 tomografias computadorizadas para quantificar as diferenças entre os cérebros de homens e mulheres.

A equipa contou com a participação de 119 voluntários saudáveis e de 26.683 pessoas com problemas psiquiátricos diagnosticados, como doença bipolar, esquizofrenia, transtorno de défice de atenção e hiperatividade, entre outros.

Os investigadores analisaram um total de 128 regiões do cérebro dos participantes, durante a execução de tarefas e em situações de descanso. As conclusões mostram que os cérebros das mulheres eram muito mais ativos do que os dos homens e em mais áreas do cérebro, especialmente no córtex pré-frontal, uma região do cérebro associada à concentração e controlo dos impulsos.

Nos homens, observou-se um maior volume de atividade nos centros responsáveis pela visão e coordenação.

Daniel Amen, das Clínicas Amen, comenta que "este estudo é muito importante para ajudar a perceber as diferenças no cérebro baseadas no sexo".

"As diferenças quantificáveis que identificámos entre homens e mulheres são importantes para perceber o risco de doenças do cérebro de acordo com o sexo, tal como a doença de Alzheimer", acrescenta.

Estudos prévios já mostraram que o sexo feminino apresenta maior risco de doença de Alzheimer, depressão e ansiedade, enquanto os homens tradicionalmente são mais propensos a desenvolver transtornos de défice de atenção.