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Um terço da população do estudo habitava a 75 metros de uma estrada com muito tráfego
22 de março de 2013 - 16h06
Catorze por cento dos casos de asma crónica na infância devem-se à exposição à poluição existente em estradas com muito tráfego, indica um estudo realizado em dez cidades europeias, divulgado hoje.
O estudo, divulgado na edição online da revista da Sociedade Europeia Respiratória, compara dados de saúde com a exposição à poluição do tráfego rodoviário em Barcelona, Bilbau, Bruxelas, Estocolmo, Granada, Liubliana, Roma, Sevilha, Valência e Viena.
Para a análise foi considerada a proximidade a estradas com mais de 10.000 veículos por dia.
“Calculamos que uma média de 33.200 casos de asma (14 por cento de todas as crianças asmáticas) são atribuíveis a poluentes relacionados com o tráfego rodoviário”, escrevem os investigadores, citados pela agência France Presse.
“Ou seja, estes casos não existiriam se ninguém habitasse na ‘zona-tampão’ ou se aqueles poluentes não existissem”, adiantam os investigadores dirigidos por Laura Perez, do Instituto de Saúde Pública suíço.
Um terço da população total daquelas cidades habita a 75 metros de uma estrada com muito tráfego e, mais de metade, num raio de 150 metros.
A percentagem de casos de asma associados à poluição é mais elevada em Barcelona (23 por cento) e em Valência (19 por cento) e menos em Granada e em Estocolmo (sete por cento).
Lusa
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