As recomendações de detecção no país se referem apenas ao cancro de colo do útero, o que comprova a eficácia da campanha de saúde pública, pois o número de mulheres afetadas pela doença diminuiu entre 1999 e 2015, o período estudado na publicação mais recente dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

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Mas muitos outros tipos de cancro associados ao HPV estão a aumentar em ambos os sexos, um crescimento que pode ser explicado parcialmente pelas mudanças no comportamento sexual, incluindo sexo oral e anal sem proteção, segundo especialistas dos CDC.

Vacina recomendada

Juntando todas as categorias, os casos de cancro relacionados com o HPV aumentaram de 30.000 para 43.000 entre 1999 e 2015. Em relação à população, a taxa de incidência aumentou de 11,2 para 12,1 em cada 100.000 pessoas.

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Esses números aumentaram entre os homens e diminuíram para as mulheres, devido a uma melhor avaliação do colo de útero.

A vacina contra o HPV é recomendada nos últimos 10 anos nos Estados Unidos para todos os meninos e meninas dos 11 aos 12 anos, com uma possível atualização para as meninas aos 13 e 26 anos e rapazes aos 13 a 21.

Em Portugal, a vacina contra o papilomavírus integra o Plano Nacional de Vacinação e é recomendada a partir dos 11 anos em meninas.

A vacinação continua a alargar-se, segundo outro comunicado publicado pelos CDC. Em 2017, cerca de 66% dos adolescentes de 13 e 17 anos receberam a sua primeira dose e aproximadamente metade tomou as doses necessárias.

"A vacina é a melhor forma de proteger os nossos jovens contra os cancros causados pela infeção por HPV", disse o diretor dos CDC, Robert Redfield.