Segundo escreve o Correio da Manhã, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, pelas 20h00 de segunda-feira (26/12), havia cerca de 90 doentes à espera para serem atendidos.

De acordo com o Portal do Serviço Nacional de Saúde, quase 40 eram doentes urgentes, com pulseira amarela, que esperavam, em média, quatro horas e 11 minutos por um médico, quando a Triagem de Manchester prevê que estas pessoas esperem no máximo 60 minutos.

Também às 20h00, no Hospital Garcia de Orta, em Almada, 51 pessoas aguardavam por atendimento nas urgências, com 20 doentes muito urgentes a esperarem em média quatro horas e 12 minutos. Já os menos urgentes (pulseira verde) esperavam seis horas e três minutos.

Outra das situações críticas na noite de ontem era o Hospital Amadora-Sintra: às 23h00 contava com 83 pessoas nas urgências, com 64 doentes urgentes a esperarem quase cinco horas.

Em Vila Franca de Xira, havia pessoas sentadas no chão e as queixas incidiam sobretudo sobre a falta de médicos. Segundo a RTP, houve doentes que desistiram e foram para casa sem serem atendidos. Algumas pessoas esperaram nove horas para serem atendidas, adianta a referida estação de televisão.

"Nada de inesperado. As soluções são conhecidas", comenta no Facebook, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva.

Em novembro, a Ordem dos Médicos já tinha alertado para o risco do entupimento das urgências durante o Natal e Ano Novo. "As escalas estão vazias. Já recebi um email de um colega de um hospital a relatar que a escala está cheia de faltas em dezembro. E muitas das empresas não têm capacidade para colocar médicos. A maioria dos hospitais vai ter problemas em fazer as escalas das urgências", disse Carlos Cortes, presidente da secção Centro da Ordem dos Médicos.

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